162 Anos do Batizado de Felippe Soares Fragoso

Meu tetravô Felippe Soares Fragoso foi batizado na Lapa há 162 anos, ou seja, no dia 31.05.1846. Era filho de Manoel Soares Fragoso e Marciana Maria de Marafigo, casados em Curitiba, neto paterno de Theodoro Soares Fragoso e Feliciana Rodrigues França e neto materno de Pedro de Chaves de Marafigo e Águeda de Góes Ribeiro. Não tenho a data de batismo de todos os filhos de Manoel e Marciana, mas com certeza Felippe foi um dos últimos a nascer. Eu descendo também de sua irmã, Francisca Soares, que nasceu ainda em Curitiba em 1827.

Felippe Soares Fragoso casou-se em 1865 com Flora Lina Cavalheiro, filha de João Florido Cavalheiro e Eduvirgens de Pontes Maciel. Com ela teve três filhas conhecidas, entre elas minha trisavô Joaquina Fragoso Cavalheiro, esposa de Saturnino Fragoso d’Oliveira. Felippe ficou viúvo precocemente dela, e então casou-se novamente com Anna Muniz Santana. Esse casamento aconteceu na Lapa em 1883.  Não sei em que momento Felippe Soares Fragoso e família se mudaram para a região de Fragosos, no interior de Campo Alegre.

Published in: on 31/05/2008 at 4:40 PM  Deixe um comentário  
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182 Anos do Casamento de Manoel Soares Fragoso e Marciana Maria de Marafigo

Foi no dia 30.05.1826 que se casaram em Curitiba meus antepassados Manoel Soares Fragoso e Marciana Maria de Marafigo, ele filho de Theodoro Soares Fragoso e Feliciana Rodrigues França, neto paterno de Domingos Soares Fragoso e Maria Dias Camacha, neto materno de Manoel Fernandes França e Maria de Chaves de Almeida, e ela filha de Pedro de Chaves de Marafigo e Agueda de Góes Ribeiro, neta paterna de Sebastiam de Marafigo e Julianna de Chaves de Siqueira, neta materna de Plácido de Góes Ribeiro e Quitéria Dias Cortês.

Ainda não achei o batizado do casal, para saber com maior segurança a idade que tinham, mas Manoel não tinha mais que 23 anos, pois seus pais foram casados em 1803. Um ano depois de casados, Manoel e Marciana tiverama primogênita Francisca Soares, minha pentavó. Depois disso, a família passou um tempo em Curitiba e se mudou para São José dos Pinhais, e posteriormente para a Lapa. Lá, nasceria também o filho Felippe Soares Fragoso, que também é meu ancestral – ou seja, eu descendo de dois filhos desse casamento que hoje completa 182 anos. Os descendentes do casal se mudariam para a região de Fragosos, que levou o nome, justamente, por causa das famílias que primeiro a ocuparam.

Published in: on 30/05/2008 at 11:26 AM  Deixe um comentário  
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181 Anos do Batizado de Francisca Soares

Minha pentavó Francisca Soares foi batizada em Curitiba no dia 14.05.1827. Era a primeira filha do casal Manoel Soares Fragoso e Marciana Maria de Marafigo, neta paterna de Theodoro Soares Fragoso e Feliciana Rodrigues França, que foram seus padrinhos, e neta materna de Pedro de Chaves de Marafigo e Águeda de Góes Ribeiro. Francisca se mudou com seus pais, irmãos e avós para a cidade da Lapa, onde se casou com Hermenegildo Rodrigues de Oliveira. Com ele, teve meu tetravô Generoso Fragoso de Oliveira, um dos primeiros moradores da região de “Fragosos”, no interior de Campo Alegre.

Published in: on 14/05/2008 at 10:28 AM  Deixe um comentário  
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Família de Ignácio Preto Bueno

Minha ancestral Maria Dias Camacho foi deixada na porta da casa de Ignácio Preto Bueno quando nasceu. Ela era filha de Francisco Dias Camacho e possivelmente de uma índia. Assim o cremos porque, em 1765, ela viria a se casar com Domingos Soares Fragoso, que era mameluco, e também ilegítimo. A escolha de Francisco, ou de quem quer que tenha sido, sobre a casa onde largariam a filha, parece ter sido definida pelos padrões sociais da época: a família de Ignácio Preto era uma das mais abastadas de Curitiba e, assim, poderia cuidar melhor da criança abandonada.
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Ignácio Preto Bueno era filho de Inocêncio Preto Moreira e Joanna de Franca, naturais de São Paulo (Genealogia Paranaense, Vol. I .160). Faleceu em 1760, conforme Silva Leme (Vol. I p. 438).
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Ele era casado com Luzia Cardoso de Leão, falecida em Curitiba no ano de 1792, filha de João Cardoso de Leão e Luiza ou Thereza Corrêa Guedes Brito, neta paterna de Domingos Cardoso de Leão e Ignez de Faria (Genealogia Paranaense, Vol. I p. 305). O casal teve os seguintes filhos:
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1. Joanna França Moreira, casada com Pedro Antonio Moreira, de Lisboa, filho de Antônio Martins e Theresa Maria (Genealogia Paulistana, Vol. I p. 438).
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2. Isabel Bueno, casada com o Alferes João Simões da Costa, filho de Manoel Simões Correa e Caetana da Costa, da Ilha Terceira (id).
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3. Manoel Preto Bueno, casado com Luzia de Chaves de Almeida, filha de João de Chaves Siqueira, de Itu e Bárbara Rodrigues da Cunha (Genealogia Paranaense, Vol. I p. 160 e Vol. III p. 588)
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4. Antonio de Oliveira Preto, casada com Isabel Rodrigues França ou Coutinho (id, Vol. III p. 590), filha de Domingos Gonçalves Padilha e Anna de Mello Coutinho, neta paterna de Manoel Gonçalves de Siqueira e Paula Rodrigues França, ambos de Paranaguá, e neta materna de Francisco de Mello Coutinho, de São Paulo, e Izabel Luiz Tigre , de Curitiba (id, Vol. I p. 161 e Vol. III p. 575)
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5. Ignacio José Preto, casado com Maria Rodrigues Pinto, filha do Capitão Estêvão Ribeiro Bayão e de Feliciana Fernandes dos Reis, neta paterna do Capitão Antônio Ribeiro da Silva e Maria de Siqueira de Almeida, e neta materna de João Martins Leme e Catharina Rodrigues Pinto. (id, Vol. I p. 294)
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6. Maria de França ou Franco, casada com João Coelho Borges, natural da Ilha do Pico, filho de Francisco Coelho e Catharina Pereira (Genealogia Paulistana, Vol. I p. 439)
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7. João Preto de Oliveira, casada com Francisca Leme de Jesus
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8. Anna de Oliveira Preto, casada com Manoel Rodrigues Coura, filho de Francisco Rodrigues Coura e Lucrécia Leme (id, Vol. I p. 440)
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9. Escolástica de Oliveira Preto, casada primeiro com Gabriel Fernandes de Moraes, filho do capitão Gabriel Fernandes de Mendonça e Theresa Leite de Moraes (id). e depois com José Rodrigues de França, filho de Francisco Rodrigues Barbosa ou Coura e Victoria Rodrigues de França, neto paterno de outro Francisco Rodrigues Coura e Lucrécia Leme de Brito, de Guaratinguetá (Genealogia Paranaense, Vol. III p. 585) e neto materno de Domingos Gonçalves Padilha, falecido em Tamanduá, e Anna de Mello Coutinho (id, p. 575).
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Além desses nove filhos tidos com sua esposa, todos mencionados nas Genealogias Paulistana e Paranaense, a primeira ainda lhe dá dois filhos naturais, dos quatro que teve, e que eram os únicos ainda vivos em 1760, quando Ignácio faleceu:
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10. Catharina, moradora em São Paulo.
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11. Silvestre Bueno, casado e morador em Curitiba.
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Não sei dizer ainda se o inventário de Ignácio Preto Bueno faz alguma refência a Maria Dias Camacho. Quando Maria se casou, em 1765, Ignácio já era falecido há cinco anos. Ela e seu esposo Domingos Soares Fragoso tiveram uma filha chama Anna Soares, que se casou com João Rodrigues França, também filho de Francisco Rodrigues Coura e Victoria Rodrigues de França, assim como José Rodrigues França, esposo de Escolástica Preto, número 9 acima. Antônio de Oliveira Preto, número 4, casou-se com Izabel Rodrigues Coutinho, que era irmã de João e José Rodrigues França. Já Anna de Oliveira Preto (nº 8), casou-se com um tio desses três irmãos, Manoel Rodrigues Coura. Disso tudo, concluo que Maria Dias Camacho ainda mantinha alguma espécie de relação com o círculo social da Família Preto Bueno, mesmo depois de já ter sido casada. Havia, naturalmente, um “desnível” em relação aos demais nomes, uma vez que Maria apenas foi criada por eles, não sendo filha. Anna Soares, a filha de Maria, descendia de um casal de filhos ilegítimos, possivelmente ambos mamelucos. Apesar disso, conseguiu matrimônio com João Rodrigues França, uma pessoa “da sociedade” na época, e de uma família que mantinha relações com a família que a criou. Essa é a única menção de membros da família Soares Fragoso em toda a Genealogia Paranaense, que, naturalmente, privilegia as classes mais abastadas e os laços familiares mais tradicionais.
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Ainda não se sabe a que tipo de tratamento Maria Dias Camacho estava submetida na casa de Ignácio Preto e sua esposa. O fato é que ela conseguiu sobreviver a um abandono por parte dos pais, arrumou casamento – com pessoa do seu nível social, é verdade – e alcançou provecta idade, tendo grande descendência. Todos os Fragoso de Campo Alegre, Piên, São Bento do Sul, Canoinhas, Concórdia, Lapa, Curitiba e outras cidades onde o nome é comum, são descendentes dessa mulher.
Published in: on 20/04/2008 at 4:13 PM  Comments (8)  
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28 Anos do Falecimento de Rozina Hannusch

Faleceu há 28 anos, no dia 16.04.1980, minha bisavó Rozina Hannusch, contando com 71 anos de idade. Era filha dos imigrantes alemães Johann Hannusch e Bárbara Mühlbauer, neta paterna dos também imigrantes Wenzel Hannusch e Anna Trojan, e neta materna de Anton Mühlbauer e Barbara Pfeffer. Nasceu e sempre morou na região de Fragosos, interior de Campo Alegre. Ela já estava viúva de Luiz Thomé Fragoso, e morava em companhia da filha mais nova, Otília Fragoso, que dispensava cuidados a ela quando começou a ficar doente. Quando a sua situação piorou, tentou-se ainda levá-la de carro até o hospital. Rozina, no entanto, acabou falecendo durante o trajeto. O sepultamento seguiu para o Cemitério de Fragosos.
Published in: on 16/04/2008 at 4:44 PM  Comments (1)  
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Honório Soares Fragoso e o Cel. Miguel Fragoso

Há algum tempo fiquei sabendo da existência de um certo Miguel Soares Fragoso, ou apenas Miguel Fragoso, e que teria sido personalidade de destaque. O livro de Celso Martins “O Mato do Tigre e o Campo do Gato” o menciona. Eu sabia, através do familysearch, que Miguel era filho de Honório Soares Fragoso e Maria do Pilar. Esse Honório representava verdadeiro mistério nas minhas pesquisas, já que eu tinha o nome de 12 filhos seus, e no entanto ainda não sabia em que lugar da família ele se encaixava. Uma consulta nos livros da Igreja de Curitiba, semana passada, fez com que a dúvida fosse finalmente desfeita. Achei o batismo de Honório, onde encontrei o nome dos seus pais. Levantei, do mais obscuro recolhimento, um acontecimento de 1815. Quase nada em termos de história, mas muito tempo numa sociedade que esquece rapidamente. Mais do que isso, pude compartilhar a descoberta com o autor da obra citada, ressaltando a comprovação de que Miguel tinha sangue indígena, e também a outros descendentes de Honório, que de repente se vêem “conectados” ao resto da árvore que eu já havia compilado. Eis um esboço de alguns dos ancestrais mais próximos de Miguel (os números 8, 9, 16, 17 e 18 também são meus ancestrais):
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1. Miguel Soares Fragoso nasceu em Rio Negro por volta de 1856. Casou-se na mesma cidade a 17.05.1874 com Maria Vieira Machado, filha de Manoel Vieira Machado e de Anna do Rosário.

Miguel foi Coronel da Guarda Nacional, “combatente da Revolução Federalista, tendo ingressado nas tropas de Gumercindo Saraiva”, conforme Celso Martins em seu “O Mato do Tigre e o Campo do Gato” (2007, p. 49). Como assinala o Frei Tambosi em citação de Martins, deve-se ao seu nome e a sua ação a nomenclatura “Lageado dos Fragoso” dada a uma das mais antigas regiões de Concórdia, onde Miguel teria chegado por volta de 1900 e permanecido 18 meses nos campos do Irani. Martins cita Thomé que afirmou que Fragoso era amigo dos principais fazendeiros da região, “muitos deles ex-maragatos, como o coronel Domingos Soares, líder político em Palmas” (THOMÉ 1999, apud MARTINS 2007). O Frei Tambosi diz que Miguel era homem religioso e que mandou construir uma capelinha em honra a Nossa Senhora da Conceição. Miguel Soares Fragoso foi apontado “como o comandante dos caboclos no combate de 22 de outubro de 1912 em Irani, figurando ao lado de Miguel Fabrício das Neves” (MARTINS, 2007 p. 50). Os depoentes declararam que ele não tomou parte no referido combate. Martins lembra que “a má fama de Fragoso se espalhou rapidamente e chegou à historiografia paranaense”, onde é tratado como “figura sombria” e “indigitado cabecilho da malta assassina”. Teria escapado da prisão pela proteção do coronel Domingos Soares.

São ascendentes conhecidos de Miguel Soares Fragoso:

2. Honório Soares Fragoso. Nasceu em Curitiba, onde foi batizado no dia 24.01.1815 (Livro 14, p. 59v), tendo como padrinhos Mariano Cardoso e Maria Antônia Teixeira, mulher de Francisco Soares. Casou-se com Maria do Pilar (segundo todos os registros de seus filhos) ou Maria Cavalheiro (segundo a Lista Nominativa de Villa Nova do Principe no ano de 1850). Quanto o Cel. Miguel nasceu, Honório e Maria já contavam com ao menos 8 filhos. Estava Honório com cerca de 41 anos. Em 1850, Honório, descrito como “pardo”, não sabia ler nem escrever, e estava morando com a família na cidade da Lapa. Em algum momento mudaram-se para Rio Negro, onde faleceu a esposa de Honório. Algum tempo depois, ele voltaria a se casar, a 08.06.1868, dessa vez com Anna Maria de Jesus, da Lapa, filha de Antônio Lisboa e Rosa Palhano, com quem também teria uma filha.

3. Maria do Pilar. A mãe de Miguel Soares Fragoso faleceu antes de 1868, quando ele contava com mais ou menos 12 anos. Com seu esposo teve ao menos doze filhos.

4. Antônio Soares Fragoso. Também natural de Curitiba, onde se casou no dia 30.06.1795 com Floriana de Chaves de Almeida.

5. Floriana de Chaves de Almeida.

8. Domingos Soares Fragoso. Casou-se em Curitiba no dia 30.10.1765 (Livro 3 p. 19v) com Maria Dias Camacho, tendo como testemunhas Miguel Pereira e Manoel Rodrigues. A Lista Nomitativa de Curitiba referente ao ano de 1776 aponta um Domingos Soares, com 27 anos, no rol dos homens casados na cidade.

9. Maria Dias Camacho. Ao nascer, foi exposta na casa de Ignácio Preto, família afortunada financeiramente. Possivelmente fosse filha de indígenas, como também o era seu esposo.

10. Theodoro Esteves dos Reis, casado em Curitiba no ano de 1751 com Ignez de Chaves de Almeida. Filho de Balthazar Carrasco dos Reis, o neto, e de Margarida Esteves dos Reis.

11. Ignez de Chaves de Almeida. Filha de João de Chaves de Almeida e Bárbara Rodrigues da Cunha. Com ascendência que segue conforme Silva Leme (Vol. IV p. 416).

16. João Soares Fragoso, natural de Taubaté, e que se mudou para Curitiba, onde foi casado a 04.02.1745 com Ignez de Chaves da Silva. O seu filho Domingos, no entanto, é fruto da relação com a índia Páscoa das Neves, administrada de seu sogro.

17. Páscoa das Neves, índia, administrada de João de Siqueira.

18. Francisco Dias Camacho. Apontado no registro de casamento de Maria Dias Camacho como seu pai, mas por ele não criada, uma vez que foi exposta.