Grandes Vultos de São Bento do Sul V

ANGEWITZ, Roberto. (São Bento do Sul, 29/10/1878 – Curitiba, 22/10/1947). Também conhecido por “Perna-de-pau”. Pioneiro na exploração do xisto betuminoso em São Mateus do Sul/PR. Filho de Maximiliano Angewitz, ou Andziewicz, e Nathalia Cyms, imigrantes alemães que vieram para São Bento do Sul. Aos oito anos, foi mordido na perna direita por uma cobra, o que lhe custou a amputação do membro e a sua substituição por uma de maneira – o que lhe rendeu o apelido. Por volta do começo do século XX, se mudou para Curitiba, onde foi motorista de táxi e também abriu uma fundição de bronze e ferro. A 1ª Guerra Mundial fez com que seu negócio ruísse. Depois, montaria uma oficina de reparações. Em 1932, quando as restrições cambiais tornaram muito difícil a importação de gasolina, realizou em São Mateus do Sul experiência de destilação do xisto. Aos poucos, obteve os primeiros resultados satisfatórios, conseguindo produzir gasolina e outros produtos. Passou então a se dedicar exclusivamente à atividade pioneira, criando inclusive a primeira usina para exploração e destilação do xisto. Foi por algum tempo um dos raros homens que podia dispor de gasolina no Brasil e que sabia como obtê-la. O pioneirismo, no entanto, fez com que não tomasse alguns cuidados e, conseqüentemente, fosse lentamente envenenado pelos gases com que lidava.  Com o surgimento da campanha nacional do “O Petróleo é Nosso”, não houve como defender-se dos interesses do governo, que adquiriu a sua inovadora usina e lhe deu em troca apenas 200 contos. Casou-se com Helena Henning e teve os filhos Elly, Paula e Roberto Oscar. Entre 1946 e 1947 voltou para Curitiba, onde faleceu. Para homenageá-lo, foi construída uma estátua de Angewitz na cidade de São Mateus do Sul, em tamanho natural. (Fontes: “São Bento na Memória das Gerações”, de Alexandre Pfeiffer)

Published in: on 10/12/2008 at 5:01 PM  Deixe um comentário  
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