Os pais de João Florido Cavalheiro

João Florido Cavalheiro é um dos meus antepassados – meu pentavô, para ser mais exato. Era casado com Eduvirgens de Pontes Maciel, com quem teve vários filhos, todos batizados e casados na Lapa. Entre eles, minha tetravó Flora Lina Cavalheiro, nascida em 1848, e que se casou com Felippe Soares Fragoso. Da Lapa, Flora e seu esposo chegaram até a região de Fragosos, hoje município de Campo Alegre, onde deixaram descendência.

Muito pouco se sabe, no entanto, sobre o passado de João Florido Cavalheiro. As pesquisas que tenho feito não conseguiram encontrar o registro de seu casamento, que deve ter ocorrido por volta de 1826. Nos livros eclesiásticos da Lapa, não existe tal assento. Os registros de batismo dos filhos de João Florido tampouco apontam sua origem – não dizem se era da Lapa e também não dizem ser de outro lugar (como creio ser mais provável).

Apesar dessas dificuldades, creio ter encontrado algumas pistas de quem eram os seus pais. Em suma, suspeito que tenham sido Florêncio José Leme e Benigna Maria (ou Maria Benigna). Há uma série de razões que me levam a crer nessa hipótese, mas não encontrei ainda o documento definitivo que me aponte com segurança a sua filiação – razão pela qual ainda não é possível sair do campo das hipóteses, por mais prováveis que elas nos pareçam.

De início, sei que existiam algumas famílias com o sobrenome “Lemes Cavalheiro”, ou “Lemos Cavalheiro”, na região de Curitiba – e parece que no Rio Grande do Sul esse sobrenome duplo também aparecia. Elas podem ou não ter relação com os nomes dessa pesquisa. A isso se soma o fato de que, para as famílias portuguesas, nem sempre o sobrenome do pai era o mesmo sobrenome do filho. Por isso, nada impede que um Leme tenha tido como filho um Cavalheiro, conforme eu suspeito.

Não sei dizer de que forma minha suspeita tomou raiz, ou qual coincidência me chamou a atenção primeiro, a ponto de me fazer cogitar a ligação entre esses nomes. De qualquer forma, procurarei enunciar todas as características que pude perceber no decorrer da análise, independente da ordem em que tenham surgido.

Em 1825, a família de Florêncio José Leme aparece pela primeira vez nos maços populacionais da Lapa, morando no fogo 174. Tinha Florêncio 45 anos e sua esposa Maria Benigna 36. Com eles, moravam dois filhos: João, de 16 anos, e Joaquim, de 14 anos. Os escravos Dionísio (28 anos), Anacleto (24 anos) e Domingas (22 anos), além do agregado Firmino (pardo, 14 anos) completam a lista de moradores. Nota-se, portanto, que havia um João entre os filhos de Florêncio. Se eu estiver certo, se tratará, efetivamente, de João Florido Cavalheiro. Evidencia-se, ainda, um certo destaque social dessa família, possuidora de mão-de-obra escrava. Essa constatação será útil mais adiante.

No ano seguinte, 1826, há um novo registro da família de Florêncio nos maços populacionais da Lapa. Só que com uma significativa diferença: nele, não constam mais os filhos. Florêncio José Leme aparece com 46 anos e sua esposa Maria Benigna com 37 anos – ou seja, confirmando a idade apontada no registro do ano anterior. Os escravos e o agregado continuam morando com a família de Florêncio. Mas nem sinal de João e Joaquim, os filhos apontados em 1825.

Disso seria possível concluir que teriam se casado, passando a morar em domicílio próprio. Mas a conclusão não é tão simples assim, por conta da idade apontada para os dois. Ainda que se aceite que João, aos 17 anos, esteja casado, não é muito provável que um Joaquim de 15 anos também o seja – mesmo naquela época. Os registros posteriores me levam a crer que a idade dos dois está equivocada em alguns anos. Mas, por ora, atemo-nos ao fato de que o João que penso ser o João Florido Cavalheiro não estava mais morando com o pai, e que era possível que, nesse intervalo entre um maço populacional e outro, ele tenha se casado.

Lembro ainda que não foram encontrados registros posteriores de algum Joaquim que pudesse ser o filho de Florêncio – razão pela qual não se exclui também a possibilidade de óbito. Nota-se ainda que, confirmada a hipótese de casamento, seria provável que tal família estivesse entre as que foram mencionadas no maço populacional. E, no entanto, João não aparece, nesse ano, nem como filho de Florêncio e nem em domicílio próprio – muito menos Joaquim.

Em 1827, um novo maço populacional atualiza as informações a respeito da família de Florêncio José Leme. Agora, possuíam três escravos a mais. No entanto, os filhos não moravam com eles, a exemplo do que se percebeu no ano anterior. Mas nesse ano encontramos, efetivamente, o domicílio de João Florido Cavalheiro – seja filho do Florêncio ou não. Estava com 22 anos, e sua esposa Eduvirgens com 17. Já possuíam um filho, chamado José, que contava com 1 ano. E eram proprietários da escrava Felippa.

Ou seja, nota-se que um João aparece como filho de Florêncio em 1825, desaparece em 1826, e um João Florido Cavalheiro aparece repentinamente em 1827 – e morando em domicílios próximos: enquanto Florêncio e sua esposa moravam no fogo 80, João Florido morava no fogo 71.

Comparando-se as idades declaradas, no entanto, surgem algumas contradições. Tendo João Florido Cavalheiro 22 anos em 1827, teria 20 dois anos antes. E já se observou que a idade declarada para o filho de Florêncio na época foi de 16. Sabe-se que a questão das idades em maços populacionais é muito controversa, e são bastante freqüentes os equívocos a esse respeito. Ainda que a diferença pareça alta entre um e outro registro (4 anos), é preciso considerar a possibilidade de ter havido erro em algum deles. De qualquer forma, ainda que o maço populacional nos forneça o domicílio de João Florido, não é possível concluir daí que se trata do mesmo filho de Florêncio que desapareceu da sua residência.

Chama a atenção, ainda, o fato de João Florido e sua esposa Eduvirgens já contarem, naquele ano de 1827, com um filho de 1 ano – a aceitar a idade como próxima da realidade, ele teria nascido no ano anterior, o mesmo em que um João deixou de aparecer no domicílio de Florêncio.

Percebe-se também que, se a família de Florêncio José Leme era mais ou menos abastada, a ponto de possuir mão-de-obra escrava (e nesse ano, os escravos eram seis), a família de João Florido Cavalheiro também dispunha desse tipo de serviço – embora representado por apenas uma escrava.

O próximo ano apontado pelo maço populacional é o de 1829 – dois anos depois, portanto. Voltamos a encontrar os domicílios de Florêncio e de João Florido. Dessa vez, mais pertos do que antes: um ao lado do outro, sugerindo uma ligação que, se não era sangüínea como a cremos, ao menos era de relações cotidianas. Ambas as residências não sofreram grandes alterações, apenas mais uma agregada, chamada Anna, de 8 anos, passou a morar no domicílio de Florêncio José Leme.  João Florido ainda não aparece com outros filhos além de José. A sua idade, nesse ano, aparece como sendo de 24 anos – portanto, corroborando o maço de 1827. As informações e idades são mantidas no registro seguinte, de 1830 – o que leva a crer que, se de fato há equívoco nas idades apontadas, ele se dará no registro em que o João, filho de Florêncio, aparece com 16 anos. Se não há equívoco nesse ponto, trata-se de pessoas diferentes, e, portanto, a hipótese não se confirma. 

Das informações dos maços populacionais, passamos para outras, presentes nos livros da Igreja de Santo Antônio da Lapa. Não encontramos o registro de batismo de José, filho de João Florido Cavalheiro, assim como não encontramos, como dito, o seu registro de casamento com Eduvirgens de Pontes Maciel – de quem, portanto, também desconhecemos os pais. Há, portanto, a possibilidade de João Florido ter se casado em outro lugar, e batizado o filho nesse mesmo lugar desconhecido, para só então passar a morar na Lapa e figurar nos maços populacionais. Isso explicaria a ausência de registros, mas não o desaparecimento de um João entre os filhos de Florêncio.

Se não achamos o registro de batismo de José, achamos de seus irmãos e irmãs. O primeiro que encontramos é bem significativo. Em 15/11/1829 foi batizada Benigna, filha de João Florido Cavalheiro e Eduvirgens Maria, tendo como padrinhos Joaquim Pacheco da Silva e Rozanna Maria da Silva. Sabemos que era Benigna o nome da esposa de Florêncio José Leme. Naturalmente, a simples escolha de um nome para uma filha não significa uma relação de parentesco – por mais que o nome Benigna não estivesse, nem de longe, entre os mais comuns da época. De modo que, tendo parentesco ou não com a Benigna esposa de Florêncio, é possível que fosse a ela que estivessem homenageando – considerando-se ainda, nesse ponto, que as duas famílias moravam, naquele ano, uma ao lado da outra, como visto.

Dois anos depois, em 02/10/1831, foi batizada Rita, filha de João Florido Cavalheiro e Eduvirgens de Pontes. Foram padrinhos Florêncio José Leme e Joaquim Roberto. A presença de Florêncio nesse registro mostra que a relação entre as duas famílias era maior do que a simples vizinhança.

Rita, ao crescer, era conhecida como Rita Florida Cavalheiro, em alusão ao nome do pai. Em 23/06/1857, ela se casou com João Mariano Duarte. Dessa relacionamento, nasceu, entre outros, um filho que levou o nome de Florêncio Duarte Cavalheiro. Nesse ponto, não era João Florido que estava homenageando alguém próximo do seu círculo de relações, como é possível alegar no caso da filha Benigna. Era outra filha sua, e que provavelmente não iria se dispor a homenagear alguém apenas por ser conhecido de seu pai – a menos que houvesse profundas ligações entre essas famílias. Seria natural, no entanto, chamar um filho de Florêncio se este fosse o nome de um avô seu – a homenagem se justificaria. Ainda não há como sair, no entanto, do campo das hipóteses.  

Mas elas se tornam mais robustas quando percebemos que, em 29/07/1837, foi batizada outra filha de João Florido Cavalheiro e Eduvirgens de Pontes Maciel, chamada novamente de Benigna. Supõe-se que a primeira tenha falecido pequena. Nada exclui a possibilidade dos pais gostarem muito desse nome, a ponto de repeti-lo para uma nova filha que tiveram. Mas o fato é que, fosse filho ou não, João Florido Cavalheiro conhecia uma Benigna – e é difícil, nesse ponto, não acreditar na possibilidade de homenagem (caso isso seja verdadeiro, haveria ainda uma grande necessidade de homenagear, já que o nome foi dado para uma nova criança).

A hipótese ganha mais força ainda em 28/05/1842. Nesse dia, foi batizada na Lapa outra filha de João Florido e sua esposa, e que recebeu o nome, vejam vocês, de Benigna. Como se não bastasse uma terceira criança ter recebido o mesmo nome, os padrinhos desse batizado são Florêncio José Leme e Benigna Maria, praticamente comprovando a homenagem – mas ainda não o parentesco, obrigando-nos a nos conter nas conclusões.

Cremos que as duas primeiras Benignas realmente faleceram pequenas. Em idade adulta, encontramos apenas uma Benigna Cavalheiro, casada com João Paulo de Santana Nunes em 15/11/1874, também na Lapa. De modo que acabaram por aí os batizados de Benignas. A insistência de João Florido Cavalheiro e sua esposa na escolha desse nome sugere uma ligação entre sua família e a de Florêncio José Leme muito maior do que a de simples conhecidos – mas também não chega a dar certeza absoluta de nada.

De qualquer forma, é muito difícil se controlar para não dar como certa a filiação quando se percebe ainda que essa Benigna Cavalheiro que sobreviveu teve com seu marido uma filha, batizada na Lapa em 20/12/1881, e que recebeu o nome de… Florência. Se a hipótese não se confirmar, irei crer imensamente na capacidade do acaso em brincar com os genealogistas.

João Florido Cavalheiro e Eduvirgens de Pontes Maciel tiveram ainda um filho chamado João, o nome do pai. E a próxima a nascer foi minha ancestral que, ao contrário do que se poderia esperar, não levou o nome de Benigna. Flora Lina Cavalheiro nasceu em 17/10/1848. Nota-se ainda a insistência por nomes que possuem o mesmo radical: Florêncio, Florido e Flora. Se não for o bastante, ainda digo que a escrava Felippa, de propriedade de João Florido, teve um filho que levou o nome de Appolinário Floriano.

Caso não tenha me esquecido de nenhuma, essas são as evidências que (se me permitem o eufemismo) me fizeram suspeitar de Florêncio José Leme e Benigna Maria como pais de João Florido Cavalheiro. Benigna faleceu em 27/08/1843, com 45 anos, segundo o padre que fez o seu assento de óbito. E, segundo ele, não deixou testamento. O óbito de Florêncio não foi encontrado. O próximo passo será verificar se, por ventura, ele não chegou a deixar testamento. Caso eu encontre esse precioso documento, provavelmente as dúvidas se dissiparão. A menos que, ao falar da filiação, conste apenas algo como “filho João, casado”. Mas acho que o acaso não seria tão brincalhão assim.

Published in: on 01/12/2008 at 3:47 PM  Comments (35)  
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Presente nos 155 Anos do Nascimento de Amalie Preussler

Minha trisavó Amalie Preussler nasceu em 12.10.1853, na aldeia de Grafendorf, na Boêmia. A lembrança dos 155 anos dessa data, comemorados hoje, é ainda mais especial. Na semana passada, uma correspondência via email com o pesquisador Bruno Reckziegel fez com que eu descobrisse toda a genealogia de Amalie – em alguns ramos, chegando a 9 gerações.

Amalie era filha de Bernard Preussler e Anna Jaeger – nomes que eu já tinha. Era neta paterna de Ferdinand Preussler e Elisabeth Staffen, e neta materna Augustin Jäger e Anna Maria Ehrentraud. São esses apenas os primeiros nomes de todos os que Reckziegel me passou, e que me garantiram o meu ramo alemão mais antigo até o momento, chegando até por volta de 1590.

No Brasil, Amalie se casou com Johann Rössler, que havia imigrado ao Brasil em 1876, no mesmo navio que ela. Amalie Preussler é a matriarca de todos os Roesler de São Bento do Sul e região.

Published in: on 12/10/2008 at 10:14 PM  Comments (1)  

Centenário do Casamento de Frederico Fendrich e Anna Roesler

Há exatos 100 anos, no dia 23.09.1908, uniam-se em matrimônio na cidade de São Bento do Sul meus bisavós Frederico Fendrich, o filho, de 27 anos, e Anna Roesler, de 17. Do feliz consórcio nasceram 14 filhos, sendo que três faleceram pequenos. São os pais do meu avô Herbert Alfredo Fendrich.

Na ocasião desse casamento, tanto Frederico Fendrich quanto Anna Roesler não puderam contar com a presença dos pais, falecidos alguns anos antes. Assinaram como testemunhas desse casamento Carlos Zipperer e João Hoffmann.

Published in: on 23/09/2008 at 10:57 PM  Deixe um comentário  

1 Ano de Falecimento de Luiz da Silva

Foi por volta das 15h do dia 05.09.2007 que faleceu meu avô Luiz da Silva, com 79 anos de idade, filho de Antônio Correia Santos e Francisca da Silva, neto paterno de Pedro e Bertulina e neto materno de Francisco e Quintiliana da Silva. Estava internado há uma semana no Hospital e Maternidade Sagrada Família, em São Bento, para tratar de uma pneumonia não-curada, que posteriormente resultou em água no pulmão. Foi sepultad no dia seguinte no Cemitério de Fragosos, no mesmo túmulo em que descansa sua mãe. Foi casado com Otília Fragoso, com quem teve seis filhos.

Luiz foi lavrador e operário, e possuía conhecimentos naturais de mecânica. Trabalhou por curto tempo consertando bicicletas, no que foi bastante procurado. Sua oficina era na casa de sua mãe Francisca, que havia falecido há pouco tempo. Depois, ainda trabalhou como guardião. Dotado de um grande senso de humor, sempre nos divertia. Gostava de acompanhar as partidas de futebol pela televisão. Por algumas vezes, passou por graves enfermidades, sendo que, em uma delas, quase recebeu extrema-unção. O médico, no entanto, afirmou que Luiz possuía um coração de leão. Segundo meu avô, nessa ocasião chegou a ver o paraíso, mas foi avisado que ainda não era a sua hora. Tocava violão e viola muito bem.

A crônica a seguir retrata um pouco do estilo bem humorado, leve e poético com que Luiz encarava a vida, e do qual penso ter herdado muito.

Parabéns

 

A última vez que vi meu avô era Dia dos Pais. Ele faleceu três semanas depois. Chegamos de longe para uma visita, e já havíamos cumprimentado meus tios pela passagem do dia. Na sala da humilde casa de madeira, conversávamos com minha avó sobre as novidades de cada um. Era de manhã, e de repente vemos no corredor a figura do meu avô, que acabara de sair do seu quarto. Ele olhou surpreso para nós. Não sabia que estaríamos lá. Com um grande sorriso, diz que tinha ouvido uma voz diferente, mas não imaginou que seríamos nós. Estava muito bem disposto. Dirijo-me até ele para cumprimentá-lo. Aproveito e dou os parabéns pelo Dia dos Pais. Ele agradece, e dá parabéns para mim também. Minha avó intervém, alertando que eu não era pai ainda.

 

– E daí? Merece os parabéns do mesmo jeito.

 

Com o seu sorriso característico, meu avô caminha até uma conhecida da família, que estava ali sentada, também fazendo uma visita.  

 

– Parabéns, Teresinha… Parabéns!

Published in: on 05/09/2008 at 4:54 PM  Comments (1)  

Lino Rodrigues de Almeida

A “Legalidade”, jornal do Dr. Philipp Maria Wolf, noticiava em 08 de julho de 1897 que Lino Rodrigues de Almeida tomou posse como vereador em São Bento do Sul. Era ele filho de Antônio Rodrigues de Almeida e Joana Maria Soares, neto paterno de meus pentavós Joaquim Rodrigues de Almeida e Maria Calisto, e neto materno de meus também pentavós Manoel Soares Fragoso e Marciana Maria de Marafigo.

Lino foi casado em Rio Negro a 28.07.1881 com sua prima Angelina Fragoso Cavalheiro, filha de meus tetravós Felippe Soares Fragoso e Flora Lina Cavalheira, neta paterna dos citados Manoel Soares Fragoso e Marciana Maria de Marafigo, e neto materno de João Florido Cavalheiro e Eduvirgens de Pontes Maciel – casal este que cremos ser de origem abastada, pois dispunha de mão-de-obra escrava na Lapa.

Published in: on 17/08/2008 at 1:02 PM  Deixe um comentário  

Fernandes França

A origem conhecida dessa família está em José Fernandes França, que era Espanhol e foi casado com Catharina Paes. Foram pais de:

 

1-1 Agostinho Fernandes França[1], casado a 03.07.1748[2] com Anna Maria Esteves, batizada em Curitiba a 25.08.1723[3], filha de Balthazar Carrasco dos Reis, o neto, e Margarida Esteves dos Reis, neto paterno de Antônio Rodrigues Side e Isabel Garcia Antunes[4], por essa bisneta do Capitão Balthazar Carrasco dos Reis e sua esposa Isabel Antunes da Silva[5]. Tiveram:

 

2-1 Manoel Fernandes França, casado em Curitiba a 20.11.1775[6] com Maria de Chaves de Almeida, filha de Paulo de Chaves de Siqueira e Joana Cardoso Esteves, neta paterna de João de Chaves de Almeida e Bárbara Rodrigues da Cunha[7] e neta materno de Salvador Cardoso e Maria Esteves[8]. Pais de:

 

3-1 Feliciana Rodrigues França, nascida por volta de 1787[9], casada em Curitiba a 21.06.1803[10] com Theodoro Soares Fragoso, filho de Domingos Soares Fragoso e Maria Dias Camacho, neto paterno de João Soares Fragoso e da índia Páscoa das Neves, e neto materno de Francisco Dias Camacho[11]. A família se mudou para São José dos Pinhais e posteriormente para a Lapa[12].

 

2-2 Juliana Rodrigues França, casada em Curitiba a 01.06.1778[13] com Salvador de Chaves de Siqueira, filho do genovês Sebastiam de Barafigo e de Julianna de Chaves de Siqueira, neto paterno de José de Barafigo e Maria de Jesus[14], e neto materno de Francisco de Anhaya de Almeida e Maria Martins de Ramos, por essa bisneto Salvador Martins Leme[15] e Isabel Fernandes de Siqueira; por Salvador, era trineto do Capitão Povoador de Curitiba Mateus Martins Leme[16].

 

2-3 José Rodrigues França, casado em Curitiba no ano de 1793[17] com Rosa Maria Chaves, filha de José Gonçalves Chaves e Quitéria Teixeira das Neves, neto paterno de Braz Gonçalves Delgado e Maria de Chaves de Siqueira. Pais de:

 

3-1 Francisca Maria de França, casada em Curitiba no ano de 1835[18] com Pedro José da Silva.

 


[1] Silva Leme Vol. VI p. 510

[2] Batch Number M020157

[3] Batch Number C038737

[4] Silve Leme Vol. VI p. 507.

[5] Silve Leme Vol VI p. 470.

[6] Batch Number M020157

[7] Silva Leme Vol. IV p. 416.

[8] Silva Leme Vol. IV p. 416

[9] Microfilme do Maço Populacional de Villa Nova do Principe em 1836, rolo 253.

[10] Curitiba, Livro 5 p. 31

[11] Curitiba, Livro 3 p. 19V

[12] Microfilme do Maço Populacional de Villa Nova do Principe em 1836, rolo 253.

[13] Batch Number M020157

[14] Batch Number M020157

[15] Silva Leme Vol. IV p. 414

[16] Batch Number M680691

[17] Silva Leme Vol. IV p. 414

[18] Batch Number M020157

Published in: on 17/08/2008 at 12:49 PM  Deixe um comentário  

Família Marafigo no Brasil

José de Barafigo, italiano, casado com Maria de Jesus[1]. Tiveram:

 

1. Sebastiam de Barafigo, natural de Gênova, imigrou para o Brasil e casou-se em Curitiba em 1744 com Julianna de Chaves de Siqueira, batizada na mesma cidade a 21.04.1725[2], filha de Francisco de Anhaya de Almeida e Maria Martins de Ramos, neta paterna de Paulo de Anhaya Bicudo e Ignez de Chaves de Silva e neta materna do Capitão Salvador Martins Leme e Izabel Fernandes de Siqueira. Por Salvador, era bisneta do Capitão Povoador de Curitiba, Mateus Martins Leme. O censo de 1776 em Curitiba[3] mostra Sebastiam casado com Julianna e com duas filhas morando com eles: Joanna e Anna Marta. No censo do ano seguinte, Sebastião aparece como nascido por volta de 1707, e sua esposa por volta de 1719. Também constam os nomes dos seguintes filhos e as respectivas idades no ano de 1777: Manoel, 30 anos; Salvador, 25 anos; Pedro, 20 anos; Maria, 19 anos; Maria, 17 anos; Rosa, 15 anos; Isabel, 12 anos; Anginha, 10 anos. Tiveram:

 

2.1 Anna de Marafigo, que foi casada em Curitiba em 1771 com Manoel de Oliveira e Sousa, filho de Antônio de Sousa de Oliveira, de Viamão, e Maria Nunes de Brito, neto paterno de Antônio de Sousa e Apollonia de Oliveira, naturais do Porto, e neto materno de Manoel Nunes de Brito, da Bahia, e Maria de Lara, de São Paulo.

 

2.2 Manoel de Marafigo, natural de Curitiba, casado na Lapa em 1784 com Quitéria Maria da Costa, também de Curitiba, filha de José da Costa e Maria Pires Teixeira. Pais de:

 

3.1 Maria, batizada na Lapa a 29.05.1789.

 

3.2 Joaquina, batizada na Lapa a 27.10.1791. Nesse registro a mãe aparece como Desidéria de Chaves.

 

3.3 Izabel Maria de Marafigo, casada na Lapa em 1817 com Jerônimo Pinto de Siqueira, natural de Itapetininga, filho de Francisco Pinto de Siqueira e Maria Francisca.

 

3.4 Maria, batizada na Lapa a 25.12.1803.

 

3.5 Anna de Marafigo, batizada na Lapa a 28.03.1806, casada em 1825 com Salvador José Pereira.

 

3.6 Francisco de Marafigo, casado na Lapa em 1828 com Flora Maria de Barros, filha de José de Barros e Joanna Maria.

 

2.3 Salvador de Chaves de Siqueira, casado na Lapa em 01.06.1778 com Julianna Rodrigues França, filha de Agostinho Fernandes França e Anna Rodrigues Cid, neta paterna do espanhol José Fernandes França com Catharina Paes, e neta materna de Balthazar Carrasco dos Reis, o neto, e sua esposa Margarida Esteves. Tiveram:

 

3.1 Joaquim Rodrigues de Marafigo, natural de Curitiba, faleceu com testamento em Lages[4]. Casou-se com Maria Rodrigues, falecida antes de 1847, e com quem teve:

 

4.1 Salvador Rodrigues Marafigo, casado com Maria Joana dos Prazeres. Falecido em Lages com inventário em 1884.

 

4.2 (Boa) Ventura de Marafigo.

 

4.3 Manoel Rodrigues de Marafigo, casado com Maria Marcellina da Costa, falecida com inventário em Lages em 1885. Pais de:

 

5.1 Manoel Rodrigues de Marafigo, casado com Ignês Ribeiro Borges, com quem teve ao menos:

 

6.1 Pedro Rodrigues de Marafigo.

 

6.2 Anacleto Borges de Marafigo. 

 

6.3 Bonifácio Borges de Marafigo, casado com Paulina Palhano Virtuoso.

 

5.2 João Rodrigues de Marafigo.

 

5.3 Maria Rodrigues de Marafigo.

 

5.4 Cypriano Rodrigues de Marafigo, casado com Rita Ribeiro Borges, filha de Pedro Ribeiro Borges e Inocência Maria Ribeiro.

 

5.4 Ignez Rodrigues de Marafigo.

 

4.4 Silvério de Marafigo, casado com Thomázia Maria José Mattos..

 

4.5 Joaquim de Marafigo, casado com Maria Thereza Ribeiro de Souza, filha de Hyppolito Maximiano Pereira de Souza e Floriana da Silva Ribeiro.

 

4.6 Maria

 

4.7 Fortunata, conforme o testamento, casada com Pedro Borges.

 

4.8 Marinha, conforme o testamento, casada com Generoso Esmério.

 

4.9 Felicidade, conforme o testamento, casada com Luiz.

 

 

2.4 Pedro de Chaves de Marafigo, Teria nascido na Lapa e casado em Curitiba no ano de 1784 com Águeda de Góes Ribeiro, filha de Plácido de Góes Ribeiro e Quitéria Dias Cortês, neta paterna de Francisco Cubas Ribeiro e Maria Magdalena da Assumpção e neta materna de João Dias Cortês e Izabel Domingues. Pedro já era falecido em 1826. Pais de ao menos:

 

3.1 Marciana Maria de Marafigo, casada em Curitiba a 30.05.1826 com Manoel Soares Fragoso, filho de Theodoro Soares Fragoso e Feliciana Rodrigues França, neto paterno de Domingos Soares Fragoso e Maria Dias Camacho e neto materno de Manoel Fernandes França e Maria de Chaves de Almeida. Marciana e Manoel em algum momento se mudaram para a Lapa. De lá, vários dos seus filhos vieram para a região de São Bento. São essas as pessoas responsáveis pelo lugar em que passaram a morar ter se chamado “Fragosos”, no interior de Campo Alegre.

 

2.5 Maria de Chaves de Almeida, casada na Lapa a 12.01.1784 com Francisco Luiz da Costa, filho de Marçal Luiz da Costa e Maria da Luz Evangelista, ou Maria Esteves de Abreu, ambos de Curitiba, neto paterno de Manoel Homem da Costa e Maria Luiz Coutinho e neto materno de Antônio Esteves dos Reis e Thereza Nunes de Góes. Por Antônio, era bisneto de Balthazar Carrasco dos Reis, o neto.

 

2.6 Maria Roza de Marafigo, casada na Lapa a 20.01.1786 com Custódio Álvares do Valle, natural de Pilar, filho de Alexandre Álvares Fontes e Theodózia Álvares de Almeida. Tiveram:

 

3.1 Anna, batizada na Lapa a 21.02.1787.

 

2.7 Izabel de Marafigo, natural de Curitiba, casada na Lapa em 1788 com Manoel Leite da Silva, também de Curitiba, filho de Lucas de Candia e Escolástica Esteves. Pais de:

 

3.1 Luzia Francisca de Marafigo da Silva, batizada na Lapa em 07.12.1793 e casada na mesma cidade em 1808 com Antônio Rodrigues, filho de Jerônimo Rodrigues e Maria Cardoso.

 

3.2 Francisca de Siqueira, batizada na Lapa em 22.11.1795 e casada na mesma cidade em 09.01.1812 com Francisco José Antunes, filho de Manoel Rodrigues da Motta e Catharina Maria da Conceição. Pais de:

 

4.1 Maria, batizada na Lapa a 02.11.1819. O nome da mãe está como Francisca de Paula.

 

3.3 Anna de Marafigo, batizada na Lapa em 02.03.1799 e casada na mesma cidade no ano de 1817 com Antônio Domingues Meirelles, natural de Faxina, filho de Barnabé Antônio e Anna da Silva.

 

3.4 Gertrudes, batizada na Lapa a 27.03.1808, casou-se na mesma cidade em 1824 com Fidélis Alves de Meira, filho de Manoel Alves de Meira e Luzia de Chaves. Tiveram:

 

4.1 Maria, batizada na Lapa a 05.02.1826.

 

2.8 Angela Francisca de Marafigo, casada na Lapa em 1798 com Salvador Soares, filho de José Soares e Marta Maria.

 

Marafigos ainda não conectados:

Antônio Francisco de Marafigo e Maria da Luz (ou de Deus) Franco. Tiveram:
1.1 Maria, batizada em Curitiba a 01.11.1833.
1.2 Fermino Franco Marafigo, batizado em São José dos Pinhais a 06.02.1836. Casou-se em São José dos Pinhais a 13.10.1863 com Anna da Luz, com quem teve:
1.1.1 Francisco, batizado em São José dos Pinhais a 13.06.1864.
1.1.2 José, batizado no mesmo dia e local que seu irmão supra.
1.1.3 Joaquina, batizada em São José dos Pinhais a 25.10.1865.
1.1.4 Balduína, batizada em São José dos Pinhais a 25.12.1866.
1.1.5 Antônio, batizado em São José dos Pinhais a 19.04.1868.
1.1.6 Francellino, batizado em São José dos Pinhais a 30.01.1870.
1.1.7 Anna, batizada em São José dos Pinhais a 25.07.1872.
1.1.8 Maria, batizada no mesmo dia e local que sua irmã supra.
1.1.9 Eduardo, batizado em São José dos Pinhais a 17.10.1874.
1.1.10 Manoel, batizado no mesmo dia e local que seu irmão supra.
1.1.11 Geraldina, batizada em São José dos Pinhais a 07.03.1880.
1.3 Bernardino, batizado adulto em São José dos Pinhais a 14.05.1865 e casado a 20.05.1865 com Francisca Ribeiro Messias. Tiveram:
1.2.1 Isabel, batizada em São José dos Pinhais a 10.04.1866.
1.2.2 Anna, batizada em São José dos Pinhais a 13.07.1870.
1.2.3 Maria, batizada em São José dos Pinhais a 26.09.1872.
1.2.4 Manoel, batizado em São José dos Pinhais a 25.12.1874.
1.2.5 João, batizado em São José dos Pinhais em 1888.
1.4 Alexandrina, batizada em São José dos Pinhais a 27.10.1838. Provavelmente a mesma que se casou com João Ribeiro dos Santos Marafigo em 03.11.1859. Pais de:
1.3.1 Anna, batizada em São José dos Pinhais a 30.01.1861.
1.3.2 João, batizado em São José dos Pinhais a 05.10.1862.
1.3.3 Leopoldina, batizada a 26.05.1867 em São José dos Pinhais.
1.3.4 Joana, batizada em São José dos Pinhais a 26.09.1869.
1.3.5 Maria, batizada a 09.07.1871 em São José dos Pinhais.
1.5 João, batizado em São José dos Pinhais a 30.11.1844.

1.6 Maria, batizada a 07.10.1846 em São José dos Pinhais.
1.7 Francellina, batizada em São José dos Pinhais a 19.04.1851.
1.8 José, nascido em São José dos Pinhais a 29.05.1853 e batizado a 24.06.1853. Provavelmente é o José Domingos Franco de Marafigo, casado em São José dos Pinhais a 05.02.1874 com Maria Munhoz da Silva, com quem teve:
1.5.1 João, nascido em 02.11.1887 e batizado em São José dos Pinhais a 30.01.1888.
1.5.2 Agostinho, batizado em São José dos Pinhais a 20.01.1893.
1.5.3 Glória, batizada em São José dos Pinhais a 24.01.1895, nascida a 20.01.1895.
1.5.4 José, batizado em São José dos Pinhais a 30.01.1896.
1.9 Anna, batizada em São José dos Pinhais a 27.12.1855.
1.10 Geraldina, batizada em São José dos Pinhais a 02.05.1858.
1.11 Manoel, batizado em São José dos Pinhais a 06.11.1859.

Ezfrianor Rodrigues de Marafigo, nascido por volta de 1883 em São Joaquim.

Francisco José e Inocência de Marafigo
1.1 Antônio, batizado na Lapa a 05.05.1844.

Francisco Mariano ou Marciano de Marafigo e Flora Leal da Cruz. Pais de:
1.1 Cândido, nascido em 06.11.1892 e batizado a 07.01.1893 em São José dos Pinhais.
1.2 Maria, batizada em 03.06.1894 em Curitiba.
1.3 José, nascido em 06.01.1895 e batizado naquele ano em São José dos Pinhais.

Joaquim Libio de Marafigo e Domingas Maria de Paula.
1.1 Abílio, batizado em São José dos Pinhais a 01.01.1890.

Joaquim Rodrigues de Marafigo e Maria Perpétua de Jesus.
1.1 Manoel Rodrigues de Marafigo

Joaquim Silvino Tobias (Sebias) de Marafigo, casado em São José dos Pinhais a 11.01.1866 com Joaquina Pereira de Castilho.
1.1 Leonarda, batizada a 07.05.1868 em São José dos Pinhais.
1.2 Cândido, batizado a 21.09.1870 em São José dos Pinhais.
1.3 Isaac, batizado a 09.11.1872 em São José dos Pinhais.
1.4 Claudina, batizada a 23.04.1878 em São José dos Pinhais.

João Baptista de Marafigo e Francisca Munhões da Silva.
1.1 Maria, nascida em 1889 e batizada em 1890 em São José dos Pinhais.
1.2 Augusta, batizada em São José dos Pinhais em 1891.
1.3 Anna, batizada em São José dos Pinhais a 25.01.1895.

João Baptista de Marafigo e Marcellina Borges Vieira, casados na Lapa em 1852, ela filha de José Mariano da Ressureição e Roberta Borges Vieira.
1.1 Etelvina, batizada na Lapa a 19.09.1868.
1.2 Elisa, batizada na Lapa a 08.10.1870.

João Baptista de Marafigo e Rosália Ferreira das Neves, casados em São José dos Pinhais a 04.06.1874.

João Ribeiro dos Santos Marafigo, casado em Sâo José dos Pinhais a 03.11.1859 com Alexandrina Maria Marafigo.

João Rodrigues de Marafigo, casado com Isabel Ribeiro de Mello.
1.1 Cecília Rodrigues de Marafigo.
1.2 Maria Magdalena Rodrigues de Marafigo.
1.3 Salvador Rodrigues de Marafigo

José Ignácio de Marafigo e Joana Maria d’Anhaia:
1.1 Maria, batizada a 17.01.1869 na Lapa.
1.2 Alexandrina, batizada em 30.01.1875 na Lapa.
1.3 Florência, batizada na Lapa em 12.09.1880.
1.4 Floriana (ou seria a mesma Florência?)

José Salvador de Marafigo e Joanna dos Santos:
1.1 Maria, batizada na Lapa em 17.03.1878.

Lino Antônio de Marafigo e Anna Bernarda de Lima:
1.1 Maria, batizada a 25.02.1844 em São José dos Pinhais
1.2 João, batizado em São José dos Pinhais a 12.09.1847.
1.3 Brandina, batizada a 30.01.1853 em São José dos Pinhais.
1.4 Gertrudes, batizada a 08.03.1857 em São José dos Pinhais.
1.5 Joaquina, batizada em São José dos Pinhais a 21.07.1859.

Manoel Franco de Marafigo e Balduína de Paula Marafigo:
1.1 Maria, batizada em São José dos Pinhais em 1888.
1.2 Antônio, batizado em São José dos Pinhais a 14.01.1890.
1.3 Geraldina, batizada em São José dos Pinhais a 31.03.1894. Uma Geraldina Júlia de Marafigo foi casada com Nestor Franco de Oliveira.

Manoel Rodrigues de Marafigo e Maria Ribeiro de Mello.
1.1 Maria Bento de Mello, nascida por volta de 1883. Casada com Francelizio Ribeiro Borges.
1.2 Pedro de Mello Marafigo, nascido por volta de 1885. Casado em 24.06.1911 com Joaquina Francisca de Oliveira.
1.3 Clara de Mello Marafigo, nascida por volta de 1889.
1.4 Joaquina de Mello Marafigo, nascida em 16.10.1890. Casou-se em São Joaquim com Saturnino Vicente da Silva, a 25.10.1908, filho de Vicente dos Santos Barbosa e Maria Feliciana de Jesus.
1.5 Isabel de Mello Marafigo, nascida por volta de 1895. Casada com José Raphael Ribeiro Borges a 04.05.1912 em São Joaquim, filho de Rafael Ribeiro Borges e Anna Diolinda da Silva dos Prazeres.
1.6 Antônio de Mello Marafigo, nascido por volta de 1897. Provavelmente o mesmo casado em São Joaquim a 10.10.1916 com Mercedes Nascimento dos Prazeres, filha de Francisco da Silva Santos e Maria Nascimento dos Prazeres.
1.7 Bento de Mello Marafigo.
1.8 Ignez de Mello Marafigo, nascida por volta de 1898.
1.9 Joaquim de Mello Marafigo, nascido por volta de 1899.
1.10 Anna Maria de Mello Marafigo, nascida em 12.02.1905, casou-se em São Joaquim com Gerêncio Ribeiro da Silva a 04.11.1924.
1.11 Maria Ignácia de Mello Marafico, nascida por volta de 1905, casada em São Joaquim a 28.11.1931 com Joaquim Ribeiro de Mattos.

Maurício Rodrigues de Marafigo e Maria Nascimento do Espírito Santo.
1.1 Ana Maria de Marafigo, nascida a 11.10.1911. Casada em São Joaquim a 16.09.1932 com Indalício Antunes de Oliveira, nascido a 09.08.1906.

Paulo Ribeiro de Marafigo e Isabel Pereira dos Santos.
1.1 Elpídio Pereira de Marafigo, nascido em 01.09.1900. Casou-se com Clara Furtado Goulart.
1.2 Leovegildo Pereira de Marafigo
1.3 Donatílio Pereira de Marafigo
1.4 Sebastião Pereira de Marafigo
1.5 Rufino Pereira de Marafigo
1.6 Ercílio Pereira de Marafigo
1.7 Dercílio Pereira de Marafigo
1.8 Antônio Pereira de Marafigo
1.9 Alzira Pereira de Marafigo
1.10 Maria Benta Pereira de Marafigo
1.11 Inês Pereira de Marafigo
1.12 Dejalmo Pereira de Marafigo
Pedro José de Marafigo e Rosa dos Santos Cortês ou Cordeira.
1.1 José, batizado em São José dos Pinhais a 23.11.1834.
1.2 Maria, batizada em São José dos Pinhais a 13.09.1837.
1.3 Ermeliana, nascida em 20.04.1843 e batizada na Lapa a 29.04.1843.

Pedro Marafigo Franco e Maria Marcellina da Rocha.
1.1 Manoel, batizado em São José dos Pinhais em 1889.

Ricardo de Marafigo e Maria Gertrudes. Pais de:
1.1 Gertrudes, batizada em Curitiba a 08.06.1840.

Rodolpho Rodrigues de Marafigo e Lídia Maria de Oliveira:
1.1 Arcílio Rodrigues de Marafigo, nascido por volta de 1895 em São Joaquim.
1.2 Cecílio Rodrigues de Marafigo, nascido por volta de 1898.
1.3 José Rodrigues de Marafigo, nascido por voltade 1899.
1.4 Maia José de Oliveira Marafigo, nascido por volta de 1900 e casada com Amandio Ribeiro Borges em São Joaquim a 14.04.1917.
1.5 Miguel Rodrigues de Marafigo, nascido por volta de 1901.
1.6 Ignácio Rodrigues de Marafigo, nascido por volta de 1904.
1.7 Constância Rodrigues de Marafigo, nascida por volta de 1905.

Salvador José de Marafigo e Anna Joaquina
1.1 Maria, batizada na Lapa a 13.09.1835.
1.2 Manoel José Marafigo, casado na Lapa a 07.01.1874 com Amélia de Sousa.


[1] Batch Number M020157

[2] Batch Number C038737

[3] Pesquisa de Antônio Correia.

[4] Registros de Testamentos e Codicílios N. 2 Lages 1848, com termo de abertura que data de 09.11.1848, conforme pesquisa de Tânia Arruda Kotchergenko.

Published in: on 16/08/2008 at 11:03 PM  Comments (72)  

100 Anos do Açougue Fendrich

Ontem, dia 15 de agosto, comemorou-se 100 anos da inauguração do Açougue Fendrich. O empreendimento foi criado por José Fendrich, filho de Friedrich Fendrich, o professor e sapateiro, e sua esposa Catharina Zipperer.

Ao contrário do pai e de seus irmãos Frederico e Francisco, José Fendrich não se dedicou à sapataria. Aprendeu em Curitiba o ofício de açougueiro, no Açougue Garmatter, de propriedade de Reinhold Garmatter, que se localizava na rua José Bonifácio, hoje um calçadão ao lado da Catedral Metropolitana. Quando voltou para São Bento do Sul, já casado com Anna Pfeiffer, montou seu próprio açougue. Em 15/08/1908, o jornal “Der Volskbote” publicou o seguinte anúncio, traduzido conforme o livro “São Bento na Memória das Gerações”, de Alexandre Pfeiffer:

“ABERTURA DE NEGÓCIO

Comunico ao distindo público de São Bento e adjacências que acabo de inaugurar nesta Vila, na antiga casa “Becker”, na rua Gültzow, um

AÇOUGUE

Vendendo às terças-feiras e aos sábados, CARNE DE GADO e, às sextas-feiras, CARNE DE SUÍNOS.
Mantenho também uma primorosa

FRIAMBERIA,

Recomendando às esclarecidas e dedicadas donas-de-casa, especialidades como: salame rosa, salame “cervelat”, chouriço, morcília, lingüiça prensada, presunto, finas carnes defumadas, toucinho defumado, etc.

Todos os sábados, à tardinha, salsichas de Viena fresquinhas!

Benevolente afluência pede
José Fendrich”

O açougue é localizado até hoje na atual Rua Felipe Schmidt. Com o falecimento de José em 20.11.1940, o comando passou aos seus descendentes, como Bento Carlos Fendrich e João Fendrich. Esse último faleceu em 2004, passando o açougue a ser cuidado pelos seus filhos. O seu irmão Bento faleceu em um assalto ao açougue, exatamente no dia em que comemorava 50 anos, em 1981.

Published in: on 16/08/2008 at 10:51 PM  Deixe um comentário  

158 Anos do Falecimento de Ermenegildo Rodrigues d’Oliveira Preto: A Busca Por Seus Pais

 

Em meados de 2006, encontrei o registro de casamento de meus tetravós Generoso Fragoso d’Oliveira e Leopoldina Maria de Almeida, em São José dos Pinhais. Generoso e sua família estiveram entre os primeiros moradores da localidade de Fragosos, hoje localidade de Campo Alegre. Na região, conseguiu grande prestígio, e recebeu o nome de uma rua em sua homenagem.

E pelo seu casamento, ocorrido em 12.05.1866, fiquei descobrindo o nome de seus pais: Ermenegildo Rodrigues d’Oliveira, já falecido na ocasião, e Francisca Soares. Enquanto que pelo lado de Francisca as pesquisas evoluíram consideravelmente, pelo lado de Ermenegildo elas pouco caminharam. Mas, recentemente, pesquisando na Lapa, consegui algumas novas pistas que talvez ajudem a elucidar alguns aspectos da origem de Ermenegildo.

Sabia eu, por esse mesmo registro de 1866, que ele já havia falecido. Considerando que, à época, seu filho Generoso contava com 20 anos, já deduzia que havia morrido relativamente cedo. Há na Lapa algumas famílias Rodrigues de Oliveira, as quais achei estarem, de alguma maneira, relacionadas com a desse meu pentavô.

A maneira mais fácil de descobrir quem eram seus pais era, naturalmente, encontrar o seu registro de casamento. Mas isso, até o momento, não foi possível. Embora tenha batizado o filho Generoso e a filha Celestina na Lapa, entre 1845-1847, o casamento de Ermenegildo e Francisca não consta nos livros daquela cidade – até por isso, se faz necessária uma pesquisa extensiva aos arquivos de outras cidades próximas.

Encontrando o registro de uma Francisca Soares casando-se na Lapa em 1854, tratei de verificar se era a mesma que, viúva, casava-se pela segunda vez, ou se tratava-se de homônima. E de fato era a minha tetravó que estava se consorciando novamente. O padre anotou que ela era viúva de Ermenegildo Rodrigues Preto. Foi a primeira vez que o nome “Preto” apareceu referindo-se a Ermenegildo – todas as outras fontes citavam Rodrigues, ou Oliveira, ou ambos. E foi a menção a esse nome que abriu novas portas, dando novas pistas para descobrir a sua origem.

Também na Lapa, encontrei o registro de óbito de Ermenegildo, uma verdadeira preciosidade, cujo conteúdo transcrevo abaixo:

 

“Aos sete d’Agosto de mil oitocentos e cincoenta faleceu Ermenegildo Rodrigues, de idade 28 anos mais ou menos, casado com Francisca Soares, não recebeu os sacramentos por ser a sua morte apressada, foi enchomendada sua alma e seu corpo sepultado no Cemiterio desta Parochia”

 

Os dados nos registros nos mostram alguns aspectos misteriosos: de quê teria morrido Ermenegildo, aos 28 anos de idade? A “morte apressada” significava que não houve tempo de receber a extrema unção. Embora seja muito difícil descobrir a causa, já que não foi apontada pelo padre que escreveu o assento, a questão merece ser pesquisada em outras fontes.

Como visto, o registro também não nos informa os pais de Ermenegildo. Mas encontrei algumas famílias que podem estar relacionadas, já que, entre seus nomes, misturam-se Preto, Rodrigues e Oliveira. Uma delas é a de Antônio Preto de Oliveira, que casou-se com Benedita Maria Rodrigues e teve os seguintes filhos, dos quais conseguimos encontrar até o momento:

 

1.1 Maria, batizada na Lapa a 07.07.1816.

1.2 Máximo Rodrigues, casado em 23.07.1837 com Damázia Soares, filha de Theodoro Soares Fragoso e Feliciana Rodrigues França.

1.3 Rosa, batizada na Lapa em 29.11.1826.

1.4 Silvano Rodrigues, casado na Lapa em 1855 com Carolina de Lima, filha de Francisco Pires Gonçalves e Anna Lourença de Lima.

1.5 Laurinda Rodrigues Preto, casada na Lapa a 05.03.1867 com Venâncio Maciel, de São José dos Pinhais, filho de Pedro José Maciel e Maria Bernardes.

1.6 Belarmino Rodrigues Preto, casado na Lapa a 29.03.1873 com Gertrudes dos Anjos, natural de São José dos Pinhais, filha de Maria dos Anjos.

 

O casamento de Máximo Rodrigues com Damázia Soares (tia de Francisca Soares, a esposa de Ermenegildo Rodrigues d’Oliveira) conta como um ponto a se considerar, já que prova que essa família Preto mantinha relação com membros da família Fragoso. O uso de nomes menos usuais para batizar os filhos (Silvano, Belarmino, Máximo) também é algo que pode ter importância, já que Ermenegildo, notadamente, não era um nome tão comum, mesmo naqueles tempos.

O que chama também a atenção nesse rol dos filhos de Antônio Preto de Oliveira e Benedita Rodrigues é o grande tempo que separa o casamento de alguns dos seus filhos. Enquanto Máximo se casou em 1837, seu irmão Belarmino casou-se em 1873. Mas, de qualquer forma, essas datas não excluem a possibilidade do casal ter sido também pai de Ermenegildo, já que esse, conforme seu registro de óbito, nasceu por volta de 1822.

Outro fator que pode que pode ser significante é que Antônio Preto, nos maços populacionais da Lapa referentes ao anos de 1846, aparece como morador do 15º Quarteirão da cidade, o mesmo em que eram chefes de família Máximo Rodrigues, Antônio Soares Fragoso e Manoel Soares Fragoso – pai de Francisca Soares, esposa do Ermenegildo Rodrigues d’Oliveira Preto.

Consideramos esse como o casal mais provável como pais de Ermenegildo. Mas, naturalmente, isso só poderá ser confirmado se um dia for comprovado documentalmente. Do contrário, teremos apenas uma boa hipótese.

Há ainda outros casais, como um certo Ignácio José de Oliveira Preto, que casou-se com Júlia Rodrigues. Foram pais de:  

 

1.1 Maria Ignácia Rodrigues Preto, batizada na Lapa a 01.07.1792 e casada em 1807 com Luciano Dias, filho de Manoel Dias e Maria da Silva.

1.2 Mariana, batizada na Lapa em 24.03.1794

1.3 Maria, batizada na Lapa a 22.03.1796.

1.4 Joaquim Preto de Oliveira, casado na Lapa em 1825 com Roza Maria Lima, filha de Henrique de Lima e Delfina Maria.

1.5 Ignácia, batizada na Lapa a 19.11.1809.

1.6 Florinda Maria Rodrigues Preto, casada na Lapa a 15.01.1827 com Miguel Soares.

1.7 Antônia, batizada na Lapa a 17.01.1812.

1.8 Jezuína, batizada na Lapa a 10.01.1814.

 

Contra esse casal se põe, necessariamente, a questão das idades, uma vez que Ermenegildo tem como data aproximada de nascimento o ano de 1822 – 30 anos depois do nascimento do primeiro filho.

Temos ainda um Manoel Preto, casado com Luzia Rodrigues. Esse casal tem idade compatível. Tiveram:

 

1. Antônia Maria Domingues, casada na Lapa em 26.06.1818 com Polycarpo Domingues Maciel, filho de Bento Domingos Maciel e Innocência Soares.

2. Maria, batizada na Lapa a 12.03.1811.

3. Maria, batizada na Lapa a 30.03.1824.

 

E o último casal que também encontramos é o de João Preto e Maria da Conceição, que tiveram o filho Jozé Ignácio Preto, casado na Lapa em 1798 com Anna Rodrigues de Oliveira. Poderia vir daí o “Rodrigues de Oliveira Preto” do Ermenegildo.

Cremos que, se de fato Ermenegildo tem suas origem na Lapa, como o cremos e como se evidencia, seus pais são um desses quatro casais acima. Apenas pesquisas exaustivas e rigorosas quanto aos resultados documentais poderão nos dizer se estamos certos em nossas conjecturas.

Nesse 07 de agosto lembramos 158 anos desde que Ermenegildo faleceu, aos 28 anos. Como essa data só foi descoberta recentemente, é a primeira vez que pode ser lembrada – coisa que não acontecia, certamente, há pelo menos 80 anos, desde que seus filhos faleceram. O seu nome é um daqueles que não constam em livro ou publicação alguma, e do qual me orgulho de ter sido o descobridor, tirando-o do esquecimento eterno e procurando fazer justiça e dar-lhe a importância devida na minha história.

 

Published in: on 07/08/2008 at 4:04 PM  Comments (15)  

1 Ano do Falecimento de Herbert Alfredo Fendrich

Nesse 30 de julho, faz um ano que faleceu meu avô Herbert Alfredo Fendrich, casado com Dóris Isolda Giese, e filho de Frederico Fendrich Filho e Anna Roesler, neto paterno de Friedrich Fendrich e Catharina Zipperer, e neto materno de Johann Rössler e Amália Preussler.

Era uma pessoa que vivia música, tendo tocado em várias bandas tradicionais germânicas, além de cantar em diversos corais. Merece destaque a sua participação na Banda Treml, que foi de 35 anos, os quais foram cuidadosamente registrados em cadernos de anotações, semelhantes a um “diário” da banda.

Seleciono dois trechos escritos na década de 50 que julgo representativos da dedicação que meu avô tinha em relação a música e aos seus companheiros. É certamente uma das facetas mais marcantes de seu caráter.

“Por motivo de chuvas, eu não fui aos ensaios nas últimas duas semanas. Hoje, 14-9-58, realiza-se novamente a festa dos Atiradores em São Bento. Mas infelizmente, está chovendo outra vez, e eu, por assim dizer, obrigado a ficar chocando aqui. De certo que com chuva mesmo eles se divertem. É sempre para mim um dia enjoado sabendo que a banda está tocando em alguma festa e eu não posso ir.”

O trecho mostra a importância dos eventos em que tocava com seus amigos, e na cidade em que nascera e que amava. Herbert morava na época em Campinas dos Crispim, uma localidade de Piên, e nem sempre podia se deslocar até São Bento para acompanhar os ensaios e apresentações da Banda Treml. Muitas vezes, quando o tempo permitia, ia de bicicleta. Outra tantas, ia de ônibus – o que não podia acontecer sempre, já que as passagens não eram das mais baratas para ele. E em casos como esse citado, em que chovia e nem o ônibus era capaz de chegar até a sua casa e levá-lo para São Bento, Herbert certamente passava o dia amuado e tristonho.

O outro trecho, embora descrito rapidamente por ele, é de uma beleza imensa se prestarmos mais atenção no que ele realmente significa.

No dia 8-5 o Xerife me mandou diversas folhas de músicas para copiar, porque, para nossos instrumentos, só veio uma folha de cada peça, e é muito ruim ler as notas em três por folha. Aproveito assim as noites, com lampião, para este serviço.”

Tentem evocar essa imagem de meados de 1958: um jovem de 28 anos, sob a luz do lampião, se propõe a passar as noites transcrevendo as músicas que a banda irá tocar, a fim de que todos tenham a sua própria folha, facilitando o trabalho de todos.

É de uma beleza poética estupenda, que só vem ressaltar a generosidade e dedicação que tanto pareciam dirigir suas atitudes, e que convém destacar sempre, especialmente no dia de hoje.

Published in: on 30/07/2008 at 10:18 PM  Comments (2)  

Família Mühlbauer

(quem tiver correções ou acréscimos, deixe seu email nos comentários)

Foram duas as famílias Mühlbauer que vieram para São Bento com grande descendência, sendo que houve ainda algumas famílias menores. Uma dessas grandes famílias era da Bavária e a outra da Boêmia, mais precisamente de Flecken, aldeia natal de tantas outras famílias que para cá vieram. Começamos com os Mühlbauer bávaros:

1. Mathias Mühlbauer, que casou com Klara, eram proprietários em Schwarzenberg, e foram pais do imigrante:

1.1 Anton Mühlbauer, sobre o qual não foi encontrado registro de batismo nos arquivos de Eschelkam, na Bavária, sendo portanto a sua origem um mistério, devendo ser natural de outra paróquia. Conforme o registro de navio que temos através do livro de Böbel, era pedreiro e nasceu por volta de 1834. Com a família, imigrou para o Brasil em 1877 a bordo do Navio Rio. Casou-se em Eschelkam no dia 03.10.1868 com Barbara Pfeffer, a qual nasceu em 09.12.1838 às 11h e foi batizada no mesmo dia, tendo por madrinha Barbara, que morava em Kleinagn, e que segundo nos foi possível apurar com a ajuda de pesquisadores bávaros, era fª de Georg Pfeffer e Anna Singer, neta de Josef Pfeffer e Anna Hastreiter, bisneta de Josef Pfeffer e Anna Maria Laurer, trineta de Peter Pfeffer e Margareth Hauser, a qual era fª de Georg e Barbara Hauser, tetraneta de Wolgang e Walburga Pfeffer, pentaneta de Andreas e Anna Pfeffer, e cremos ainda hexaneta de outro Andreas Pfeffer. Pelos registros de batismos dos filhos, sabe-se que Anton estava em 1859 em Schwarzenberg, 1869 em Kleinagn, 1872 em Grossaign e 1873 em Ritzenried. Em 1877 estava em São Bento, onde faleceu em 02.11.1911. Pais de:

1.1.1 Theresia Mühlbauer, que nasceu antes dos pais se casarem, no dia 01.11.1859 em Eschelkam, sendo batizada no dia seguinte, tendo por madrinha Theresia Schwarz, solteira e proprietária em Kleinagn. Imigrando para o Brasil, casou-se em São Bento do Sul no dia 20.09.1881 com Anton Fürst, filho natural de Anna Fürst, natural de Hammern, na Boêmia. Theresia faleceu em 27.03.1939, aos 79 anos. O casal morava na Estrada das Neves e teve ao menos:

1.1.1.1 Bárbara Fürst, nascida em 10.02.1883 e batizada em 09.04.1883, sendo padrinhos José Linzmayer e Bárbara Linzmeyer. Teve:

1.1.1.1.1 Maria, que faleceu com 1 ano e 10 meses no dia 25.10.1910.

1.1.1.2 José Fürst, nascido em 04.04.1884 e batizado no dia 20.04.1884, tendo como padrinhos José Linzmeyer e sua esposa Bárbara Linzmeyer.

1.1.2 Philipp Mühlbauer, nascido em Kleinagn e batizado em Eschelkam. Não foi encontrado seu registro de batismo, mas provavelmente também nasceu antes do casamento de seus pais. Casou-se em São Bento do Sul aos 24 anos no dia 19.10.1889 com Rosalia Kellnner, nascida em “Seigenhof”, e batizada em Eschelkam, filha de Josef Kellner e Barbara Kerscher, por essa neta de Wolfang Kerscher e Barbara Seltner. Como testemunhas, serviram Gaspar Liebl e Ignatz Fischer. Lá por volta de 1900, Phillip pegou tifo e sua situação era preocupante, restando pouca chance de salvação. No entanto, a sua esposa e filhos passaram a orar muito para Deus a fim de que Philippe pudesse sair dessa com vida. Mostrando grande fé, prometeram que caso ele se recuperasse, construiriam uma capela para louvar a Deus. Aos poucos, Philipp foi melhorando. Algum tempo depois, ele conseguiu voltar a trabalhar. Cumprindo a promessa, a família construiu a Capela, que foi inaugurada em 1902 e atendeu a muitos dos moradores da redondeza. Como patrono da igrejinha, a população achou por bem colocar “São Felipe”, pois fora o Philipp Muehlbauer que motivou e liderou a construção da Capela em Banhados I, na atural Rua Conrado Liebl. Philipp faleceu no dia 02.11.1926, com 63 anos. Pais de:

1.1.2.1 João Mühlbauer, casado em São Bento do Sul no dia 15.05.1916 com Margarida Müller, filha de Carlos e Mathilde Müller, com quem teve ao menos:

1.1.2.1.1 João Mühlbauer, casado.
1.1.2.1.2 Ervino Mühlbauer, casado com Renata.
1.1.2.1.3 Ewaldo Mühlbauer, casado com Maria.
1.1.2.1.4 Carlos Mühlbauer, que ainda vive em 2008.
1.1.2.1.5 Willy Mühlbauer
1.1.2.1.6 Maria Mühlbauer, casada com Erico Bail.
1.1.2.1.7 Elly Mühlbauer, casada com Erhardt Weiss.
1.1.2.1.8 Regina Mühlbauer, casada.
1.1.2.1.9 Odete Mühlbauer, casada.
1.1.2.1.10 Iracema Mühlbauer, casada.
1.1.2.1.11 Cristina Mühlbauer, casada.
1.1.2.1.12 Frida Mühlbauer, casada com Erhardt Pauli.

1.1.2.2 Felipe Mühlbauer, que se tornou padre.
1.1.2.3 Francisco Mühlbauer
1.1.2.4 José Mühlbauer, casado com Francisca, e pais de:

1.1.2.4.1 Leonardo Mühlbauer, casado com Wally.

1.1.3 Franziska Mühlbauer, nascida em Kleinagn e batizada Eschelkam no dia 06.05.1868, tendo por madrinha Katharina Pfeffer. Casou-se em São Bento do Sul no dia 23.06.1888 com Johann Augustin, nascido e batizado em Santa Katharina, na Boêmia, e que contava com 26 anos na ocasião, filho de outro Johann Augustin e Theresia Altmann. Pais de ao menos:

1.1.3.1 João Augustin, falecido no dia 21.06.1947, com 53 anos. Casou-se com Francisca Liebl.
1.1.3.2 Carlos Augustin, que faleceu com 5 dias em 11.12.1902, sendo sepultado na sede de São Bento do Sul.
1.1.3.3 Antônio Augustin, que faleceu com 6,5 anos no dia 06.02.1914, na Estrada das Neves.

1.1.4 Ludwig Mühlbauer, que teria nascido em 23.07.1869, às 19h30, e batizado no dia seguinte, tendo por padrinho Ludwig, solteiro, morador de Kleinagn. Como não imigrou, supõe-se que tenha falecido pequeno.

1.1.5 Katharina Mühlbauer, nascida em 14.06.1870 às 19h30 e batizada em seguida, sendo madrinha Katharina Vogl, moradora de Kleinagn. Casou-se aos 22 anos no dia 09.01.1892 com Franz Hannusch, natural de Osseg, na Boêmia, filho de Wenzel Hannusch e Anna Trojan, por essa neto de Anton Trojan e Elisabeth Tausch. Serviram de testemunhas Anton Fürst e Philippe Mühlbauer. Franz faleceu no dia 15.07.1921, aos 55 anos, vítima de influenza. Tiveram ao menos:

1.1.5.1 Francisco Hannusch, nascido em 09.07.1896 e batizado em Bechelbron no dia 26.07.1896, sendo madrinha Barbara Mühlbauer.
1.1.5.2 João Hannusch Sobrinho.
1.1.5.3 Rosália Hannusch, que faleceu com 2 meses no dia 19.12.1905, em Mato Preto, sendo sepultada na sede de São Bento do Sul.

1.1.6 Barbara Mühlbauer, nascida em 29.09.1872 às 16h30, tendo por madrinha Magdalena. Faleceu em Fragosos, onde está sepultada, nno dia 02.07.1943. Se casou no dia 21.12.1895 com Johann Hannusch, filho de Wenzel Hannusch e Anna Trojan, por essa neto de Anton Trojan e Elisabeth Tausch. Como testemunhas, assinaram Anton Fürst e Philipp Mühlbauer. Tiveram ao menos:

1.1.6.1 Francisco Hannusch, batizado na Capela de Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos, em Lençol, no dia 15.03.1896, tendo como padrinhos seus tios Franz Hannusch e Catharina Mühlbauer.
1.1.6.2 João Hannusch Filho, que nasceu no dia 26.04.1898 e falecido em 22.07.1983, solteiro. Sepultado em Fragosos.
1.1.5.3 Catharina Hannusch, nascida em 26.02.1900 e falecida em 20.11.1982, sendo sepultada em Fragosos. Casou-se com Antônio Basílio da Rocha, e teve:

1.1.6.3.1 Alzira da Rocha
1.1.6.3.2 Lucila da Rocha
1.1.6.3.3 Olinda da Rocha

1.1.6.4 André Hannusch, casado com Sebastiana, e pais de:

1.1.6.4.1 Darci Hannusch

1.1.6.5 Luiz Hannusch, casado com Eloína, com quem teve:

1.1.6.5.1 Jovino Hannusch

1.1.6.6 um filho que faleceu com 5 anos em 1910.
1.1.6.7 Rozina Hannusch, nascida no dia 07.01.1909 e falecida em Fragosos no dia 16.04.1980, sendo sepultada no Cemitério de Fragosos. Casou-se com Luiz Thomé Fragoso, descendente da tradicional família que primeiro ocupou aquela região, filho de Saturnino Fragoso de Oliveira e Joaquina Fragoso Cavalheiro, neto paterno de Generoso Fragoso de Oliveira e Leopoldina Maria de Almeida, e neto materno de Felippe Soares Fragoso e Flora Lina Cavalheira. Pais de:

1.1.6.7.1 Cristina Fragoso, casada com Narciso Ferreira da Silva.
1.1.6.7.2 Adelina Fragoso, casada com Livarte Cordeiro de Meira.
1.1.6.7.3 Carlos Fragoso, casado com Maria Diva Gonçalves.
1.1.6.7.4 Bernardo Fragoso, casado com Benedita de Mello.
1.1.6.7.5 Otília Fragoso, nascida em Fragosos no dia 31.07.1943, casado com Luiz da Silva, nascido em Piên no dia 04.01.1928 e falecido em Fragosos no dia 05.09.2007.

1.1.6.8 Lina Hannusch, falecida com 2 anos no dia 11.08.1914.

1.1.7 Georg Mühlbauer, nascido em 05.12.1873 às 23h e batizado no dia seguinte, tendo como padrinho Georg Rank, proprietário. Faleceu em São Bento do Sul no dia 19.11.1949, aos 75 anos.

Published in: on 29/06/2008 at 2:49 PM  Comments (41)  

Família Giese – Atualizado

Quem tiver correções, ou mais informações, por favor entre em contato. Não se esqueçam de se identificar nos comentários, passando o email de contato.

A história da Família Giese na região de São Bento do Sul começa com a vinda de de Johann Karl Giese e Emilie Wegner para o Brasil, a bordo do navio Henry Knight em 1872. Vieram de Regenwald, na Pomerânia, hoje parte da Polônia, chegando na cidade de Joinville com seus quatro filhos:

1.1 Minna Giese, nascida por volta de 1851.

1.2 August Giese, nascido por volta de 1854.

1.3 Emilie Giese, nascida por volta de 1857.

1.4 Karl Giese, nascido em 30.05.1859, casou-se em 25.10.1891 na Igreja Protestante de São Bento do Sul com Ida Bertha Labenz, nascida em 03.11.1874 (segundo o registro de casamento, 06.11.1874), filha de Friedrich Labenz e Wilhelmine Witt, família que imigrou ao Brasil em 1877 a bordo do navio Bahia, vindo de Eichstedt, na Prússia, hoje também pertecente à Polônia. Nesse assento consta que Carl morava em São Paulo e que a família Labenz morava na Estrada Bismarck. Carl Giese faleceu em 24.06.1924, sendo sepultado no Cemitério Municipal de São Bento do Sul. Sua esposa Ida Bertha Labenz faleceu em 03.10.1934. Tiveram:

1.4.1 Luiza Giese, nascida em São Bento do Sul a 17.11.1892 e falecida a 12.09.1918. Casou-se com Carlos Blödorn, nascido em 05.10.1884 e falecido em 25.07.1956.

1.4.2 Adolfo Giese, nascido em São Bento do Sul a 06.01.1895 e falecido a 06.12.1977. Casou-se com Martha Zoellner, nascida em 22.08.1894 e falecida em 28.03.1972. O casal morava na localidade de Fragosos, pertencente a Campo Alegre, e lá deixaram grande descendência. Descansam no Cemitério local. Tiveram:

1.4.2.1 Afonso Giese, nascido por volta de 1923 e falecido em agosto de 2005, casado com Margarida. Pais de: Odete Giese, Salete Giese, Margarete Giese, Alcione Giese, Anselmo Giese, Marcelo Giese, Rubens Giese, Elizete Giese, Dori Giese, Arlete Giese, Airton Giese, Charles Giese.

1.4.2.2 Irene Giese, casada com Pedro Cavalheiro Neto, falecido em 13.08.2005, com quem teve: Alda Cavalheiro.

1.4.3 Rodolfo Giese, nascido em São Bento do Sul a 13.09.1897 e falecido a 07.03.1965, sepultado no Cemitério Municipal. Casou-se em 27.08.1921 com Catharina Bail, nascida São Bento do Sul a 03.05.1896 e falecida a 30.11.1974, filha de Benedicto Bail e Catharina Brandl, neta pelo lado paterno de Maria Bail e pelo lado materno de Josef Brandl e Anna Schweinfurter, imigrantes de Eisenstrasse, na Boêmia, que chegaram ao Brasil em 1874 a bordo do Navio Shakespeare. Rodolfo morava com sua família em Campina dos Crispim, no Município de Piên. Foi comerciante e sapateiro. Rodolfo e Catharina tiveram:

1.4.3.1 Ermelino Carlos Giese, casado com Dorita Maria Treml. Pais de:

1.4.3.1.1 Carlos Séris Giese, casado com Janete Teresinha Wolff. Tiveram: Ellen Cristine Giese, Carlos Henrique Giese.

1.4.3.1.2 Sérgio Giese, casado com Dóris Eugênia Welter, com quem teve:

1.4.3.1.2.1 Christopher Giese, casado com Vanessa Cristina Vidal. Pais de Berkeley.

1.4.3.1.2.2 Soraya Giese

1.4.3.1.2.3 Diogo Giese

1.4.3.1.2.4 Christiane Giese

1.4.3.2 Laurindo Vitorino Giese, casado com Anita Spitzner. Pais de ao menos:

1.4.3.2.1 Zilda Giese, nascida por volta de 1949 e falecida em 23.06.2005 em Curitiba. Casou-se com Salvador de Souza.

1.4.3.3 Alcides Paulo Giese, casado com Elvira Weiss. Pais de:

1.4.3.3.1 Elimar Giese, o “Tico”, casado com Glaci de Lima. Faleceu no dia 10.02.2008, em casa.

1.4.3.3.2 Ademir Giese

1.4.3.4 Dóris Isolda Giese, nascida em 23.08.1931 em Piên, casada em São Bento do Sul a 06.10.1951 com Herbert Alfredo Fendrich, nascido em 05.04.1930 e falecido em 30.07.2007, filho de Frederico Fendrich Filho e Anna Roesler, neto paterno de Friedrich Fendrich e Catharina Zipperer e materno de Johann Rössler e Amália Preussler.

1.4.4 Paulo Giese, nascido em 06.10.1900 e falecido em 02.08.1975, sendo sepultado no Cemitério Municipal de São Bento do Sul, lado protestante. Casou-se com Anna Mühlbauer, nascida em 24.05.1904 e falecida em 13.11.1992, e com quem teve:

1.4.4.1 Alfredo Raymundo Giese, casado com Melanie Hoffmann. Tiveram: Dolores Giese, Lucinda Giese, Líria Giese, Renato Antônio Giese, Dorly Giese, Ingelore Ana Giese, Neusa Maria Giese, Raymundo Paulo Giese, Janete Teresinha Giese, Lianda Inês Giese, Rogério Luís Giese, Marcelo Rui Giese.

1.4.4.2 Olinda Giese, casada com Afonso Hoffmann.

1.4.4.3 Milda Giese, casada com Afonso Maria Weihermann. Pais de: Luiz Carlos Weihermann, Renate Marli Weihermann, Aroldo Weihermann, Dario Weihermann, Vera Lúcia Weihermann, Jony Weihermann.

1.4.4.4 Aloísio Giese, falecido em 02/02/2006, casado com Anita Iris Tschá. Tiveram os seguintes filhos, a maioria morador de Ampére:

1.4.4.4.1 Stela Maris Giese, casada com Luiz Krindges. Pais de Tathiana, Pedro Paulo e Mariana.

1.4.4.4.2 Solange Maria Giese, casada com Oswaldo Hofmann. Pais de: Barbara e Gregório

1.4.4.4.3 Jacson Luiz Giese, morador de Curiiba, casado com Do Hee Kim. Sem geração.

1.4.4.4.4 Edson Carlos Giese, casado com Zuleika Crisina Antonello. Pais de: Marcos Felipe, Giulia e Joana Laura.

1.4.4.5 Adelina Giese, casada com Aloís Maros, com quem teve: Sueli Maros, Eliane Maros, Elisa Maros, Cristiane Maros.

1.4.5 Ernesto Giese, nascido em 27.04.1903 e falecido em 19.04.1980. Casou-se com Francisca Hinz, nascida em 28.09.1905 e falecida em 24.05.1980. Pais de:

1.4.5.1 Isolde Giese, casada com Davi.

1.4.5.2 Reinaldo Giese, casado com Líria.

1.4.5.3 Norma Giese, casado com Jeremias.

1.4.5.4 Erico Giese, casado com Adelina.

1.4.5.5 Teolindo Giese, casado com Cecília.

1.4.5.6 Vanilda Giese, falecida em Curitiba a 15.10.2005, casado com Antônio Seidel.

1.4.5.7 Leopoldo Giese, casado com Alice.

1.4.5.8 Lauro Giese

1.4.5.9 Ervino Giese

1.4.5.10 Waldemar Giese, casado com Cidália.

1.4.6 Frederico Guilherme Giese, nascido em 30.04.1906 e falecido em Piên a 24.04.1968. Casou-se com Maria Bechler, nascida em 14.07.1912 e falecida em 19.05.1978. Frederico foi o primeiro prefeito de Piên, no começo da década de 60. Ganhou em sua homenagem o nome da principal escola daquela cidade.

1.4.7 Ewaldo Giese, que faleceu com 1 ano às 15h de 26.12.1916, vítima de diarréia.

Published in: on 28/06/2008 at 1:22 PM  Comments (31)  

84 Anos do Falecimento de Generoso Fragoso de Oliveira

No dia 25.06.1924 faleceu meu tetravô Generoso Fragoso de Oliveira, filho de Hermenegildo Rodrigues de Oliveira e Francisca Soares, por essa neto de Manoel Soares Fragoso e Marciana Maria de Marafigo. Contava com 79 anos. Natural da Lapa, casou-se em São José dos Pinhais com Leopoldina Maria de Almeida, com quem teve, entre outros, meu trisavô Saturnino Fragoso de Oliveira.

Com a família, mudou-se para a região limítrofe entre Paraná e Santa Catarina. É tradição oral na família que Generoso foi o primeiro morador da região de “Fragosos”, sendo que, provavelmente, foi “um dos”. De qualquer forma, tudo indica que tenha sido pessoa de prestígio naquela região, onde possui o nome de uma rua em sua homenagem. Está sepultado no Cemitério de Fragosos no mesmo túmulo de seu filho Ernesto Crescêncio Fragoso.

Curiosamente, meu tetravô Generoso Fragoso de Oliveira faleceu exatamente um dia depois de meu trisavô Karl Giese – só que um é pelo lado materno e outro pelo lado paterno, e certamente jamais chegaram a se conhecer.

Published in: on 25/06/2008 at 11:15 PM  Comments (1)  

84 Anos do Falecimento de Karl Giese

Há 84 anos faleceu meu trisavô Karl Giese. Natural da região de Regenwald, na Pomerânia, imigrou com 13 anos para a Colônia Dona Francisca, em companhia dos pais Johann Karl Giese e Emilie Wegner e seus três irmãos. Morou em São Paulo por um tempo, e casou-se em São Bento do Sul no ano de 1891 com Ida Bertha Labenz. Com ela, teve, entre outros, meu bisavô Rodolfo Giese. Quando seu pai faleceu, Rodolfo estava com 26 anos. Está sepultado no Cemitério Municipal de São Bento do Sul, no lado protestante, pois na época ainda havia essa divisão, e era essa a religião que professava. Há duas placas no cemitério com suas datas de batismo e nascimento, sendo que uma, a mais antiga, está colocada numa sepultura que não a sua. Karl Giese é ancestral direto de todas as famílias Giese de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Piên.

Published in: on 24/06/2008 at 10:35 PM  Deixe um comentário  

205 Anos do Casamento de Theodoro Soares Fragoso e Feliciana Rodrigues França

Foi no dia 21.06.1803, pela manhã, que se casaram em Curitiba meus ancestrais Theodoro Soares Fragoso e Feliciana Rodrigues França, ambos naturais dessa cidade, ele filho de Domingos Soares Fragoso e Maria Dias Camacho, neto paterno de João Soares Fragoso, de Taubaté, e da índia Páscoa das Neves, e neto materno de Francisco Dias Camacho; e ela filha de Manoel Fernandes França e Maria de Chaves de Almeida, neta paterna de Agostinho Fernandes França e Anna Maria Esteves, e neta materna de Paulo de Chaves de Siqueira e Joana Cardoso Esteves.

Muito provavelmente, os dois nunca souberam que eram primos distantes: ambos descendem do português Antônio Preto e também de Domingos Dias e Marianna de Chaves.

Os nomes de Theodoro Soares Fragoso e Feliciana Rodrigues França são dois dos quais me orgulho de ter tirado do esquecimento eterno por meus próprios méritos. Como muitas vezes há outras pessoas pesquisando as mesmas famílias, é comum acontecer de outra pessoa já ter descoberto nossos ancestrais em determinado ramo. Da mesma forma, é possível encontrar o nome de algumas dessas pessoas em livros genealógicos e históricos. O filho de Theodoro, Manoel Soares Fragoso, de quem descendo, já aparecia em muitos registros em São Bento do Sul e, assim, acabou aparecendo no livro do Paulo Jürgensen “Famílias Tradicionais”. Já o pai de Theodoro, Domingos Soares Fragoso, aparece num Batch Number do familysearch, de modo que era possível consultar seu nome virtualmente.

Mas Theodoro Soares Fragoso não aparecia em lugar nenhum, a não ser no próprio livro de registros de casamento, de onde o tirei para o mundo novamente, mais de duzentos anos depois. Posteriormente, eu descobriria uma porção de coisas interessantes: que ele era vários anos mais velho que Feliciana, que se mudou para São José dos Pinhais, e que logo em seguida se mudou para a Lapa, e que lá colhia “duzentas mãos de milho e nove alqueires de feijão” e tinha “de renda cem mil réis”.

O casal Theodoro e Feliciana teve ao menos sete filhos, entre eles o citado Manoel Soares Fragoso, que casou-se com Marciana Maria de Marafigo, de quem descendo.

Published in: on 21/06/2008 at 4:20 PM  Deixe um comentário  

61 Anos do Falecimento de Frederico Fendrich Filho

Eram por volta de 18h40 do dia 25.05.1947 quando faleceu meu bisavô Frederico Fendrich Filho, em sua própria residência na Rua Visconde de Taunay 39, em São Bento do Sul, vítima de  “miocardite no curso de febre tifóide”, conforme atestou o Dr. Pedro Cominese. Era filho de Friedrich Fendrich, sapateiro e primeiro professor do centro da cidade, e sua esposa Catharina Zipperer, que imigraram em 1875 para o Brasil. Aprendera com o pai o ofício de sapateiro, tomando conta de “Sapataria Fendrich”. Contava então com 65 anos, e estava casado há 38 com Anna Roesler, filha dos imigrantes Johann Rössler e Amalia Preussler. O sepultamento seguiu para o Cemitério Municipal, e seu corpo foi sepultado no mesmo túmulo do pai, e onde posteriormente também descansaria Anna Roesler, falecida 21 anos depois.

Frederico Fendrich Filho e sua esposa Anna Roesler tiveram 14 filhos, dos quais apenas duas estão vivas. Há pouco tempo, faleceu Erna Fendrich, casada com Sebastião Sthäelin. E no passado faleceu o meu avô Herbert Alfredo Fendrich.

Ao que parece, Frederico Fendrich Filho gostava bastante de assuntos relacionados à história de São Bento. Destacou-se na Sociedade Atiradores da cidade. Chegou a exercer o cargo de vereador, quando ele não era remunerado. Participou da Sociedade Auxilidade Austro-húngara, da qual o pai havia sido presidente. Foi também o idealizador da primeira carroça fúnebre da cidade, sendo ele próprio o seu condutor na maioria das vezes. Em sua homenagem, há uma rua em frente do Hotel Urupês, ao lado da Sociedade Literária São Bento.

Published in: on 25/05/2008 at 11:23 AM  Deixe um comentário  
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112 Anos do Nascimento de Catharina Bail

No dia 03.05.1896, em São Bento do Sul, nasceu minha bisavó Catharina Bail, filha dos imigrantes Benedikt Beyerl e sua segunda esposa Catharina Brandl, neta paterna de Maria Beyerl e neta materna de Josef Brandl e Anna Schweinfurter. Com 14 anos, Catharina perdeu a mãe, de quem herdou o nome. Teve vários irmãos. Em 1921, casou-se com meu bisavô Rodolfo Giese, filho dos imigrantes Karl Giese e Ida Bertha Labenz. Com ele, passou a morar na localidade de Campina dos Crispim, no município de Piên. Faleceu, já viúva, no ano de 1974. Teve quatro filhos, dos quais dois ainda vivem.

Published in: on 03/05/2008 at 3:15 PM  Deixe um comentário  

43 Anos do Falecimento de Rodolfo Giese

Foi no dia 07.03.1965 que faleceu meu bisavô Rodolfo Giese, casado com Catharina Bail. Era comerciane em Campinas dos Crispim, Piên, e foi também sapateiro. Teve três filhos e uma filha. Seu passamento aconteceu na casa de seu filho Ermelino, em Rio Negrinho. Rodolfo Giese foi sepultado no Cemitério Municipal de São Bento do Sul, no mesmo túmulo de seu sogro Benedicto Bail, onde também repousaria sua esposa Catharina, falecida 9 anos depois.
Published in: on 07/03/2008 at 2:52 PM  Deixe um comentário  

293 Anos do Casamento de Peter Pfeffer

No dia 04.03.1715, se casaram em Eschlkam, na Bavária, meus octavôs Peter Pfeffer e Margareth Hauser. São esses nomes um verdadeiro achado nas minhas pesquisas, já que é difícil avançar gerações nas famílias de imigrantes. Esse casal teve meu ancestral Josef Pfeffer, casado com Anna Maria Laurer. Descendentes dos Pfeffer imigraram para os Estados Unidos, onde possuem considerável descendência.
Published in: on 05/03/2008 at 3:54 AM  Deixe um comentário  

Sovas de Pau

Já tivemos oportunidade de tratar dessa nota da Legalidade, mas com a imagem ela fica ainda mais curiosa. O texto fala por si só sobre aqueles tempos.

Published in: on 02/03/2008 at 1:01 PM  Deixe um comentário  

62. Barbara Pfeffer (1838-)

Minha tetravó Barbara Pfeffer nasceu em Kleinagn, na Bavária, às 11h do dia 09.12.1838, filha de Georg Pfeffer e Anna Singer, sendo madrinha uma Magdalena. Casou-se em 03.10.1868 com Anton Mühlbauer, com quem imigrou ao Brasil em 1877 e com quem teve os seguintes filhos: Theresia Mühlbauer, casada com Anton Fürst; Philipp Mühlbauer, casado com Rosalia Kellner; Franziska Mühlbauer, casada com Johann Augustin; Ludwig Mühlbauer, que não aparece na lista de passageiros, mas cujo registro de batismo foi encontrado na Bavária; Catharina Mühlbauer, casada com Franz Hannusch; e minha trisavó Barbara Mühlbauer, casada com Johann Hannusch. Como se vê pela foto ao lado, Barbara faleceu com avançada idade, mas ainda não sabemos precisar em que ano. Cremos que foi depois de 1920.
Published in: on 02/03/2008 at 12:49 PM  Deixe um comentário  

A Sociedade Auxiliadora Austro-húngara

Seguindo a tradição de se criar “sociedades culturais, recreativas e beneficentes” em colônias alemãs (FICKER 1973), São Bento do Sul também teve as suas. Já em 1881 existia a Sociedade Literária, que perdura até os nossos dias. Outra que resiste é a Sociedade dos Atiradores, criada em 1895. E os velhos boêmios, que imigraram ao Brasil na década de 1870, também decidiram criar a sua Sociedade Auxiliadora. Verdade é que uma das motivações para essa criação foi o ciúme que tinham da Sociedade dos Soldados Veteranos, como Josef Zipperer (1954) não fez nenhuma questão de esconder. Essa outra agremiação reunia alemães ex-combatentes de batalhas, como “as guerras de 1864-1866” e a “grande guerra contra a França”, em 1870 e 1871 (Idem). Cheio de condecorações estampadas no peito, era com grande galhardia que os membros desfilavam pelas ruas de São Bento no dia 02 de setembro, quando lembravam a batalha de Sedan, na guerra de 1870.

Os boêmios, embora mais rústicos, também tinham os seus ex-combatentes. Havia alguns que lutaram nas guerras na Dinamarca, contra os Prussianos, em Sadwa, e mesmo na Itália. Não poderiam, naturalmente, fazer parte da outra sociedade, já que lá estavam apenas os alemães prussianos, que há pouco tempo ainda estavam em guerra contra os austríacos. Quiserem então fazer uma sociedade á parte, e criaram a Sociedade Auxiliadora Austro-húngara.

Ao que parece, não existem muitos registros sobre essa sociedade – já teriam sido encontrados se houvessem. De modo que sabemos muito pouco sobre ela, além dos relatos de Zipperer. Sabemos por dedução que sua criação se deu entre os anos de 1895 e 1898. Primeiro, porque Zipperer diz que quando da criação da Sociedade, já existia o grupo dos Atiradores, e ele foi criado em 1895. Segundo, porque o mesmo autor cita um episódio dessa Sociedade que aconteceu em 1898. Quanto à duração, tampouco nos é possível precisar, mas sabemos pelas atas da Sociedade de Cantores que ainda existia em meados de 1906.

Meu trisavô Friedrich Fendrich foi presidente da Sociedade. Não se sabe durante qual período, ou se houveram outros. A Sociedade tinha uma bandeira que misturava o verde-amarelo do Brasil com o amarelo-preto da dinastia dos Habsburgos, que por séculos governaram a Áustria, e ainda governavam quando da criação da Sociedade.

A grande festa dessa associação era no dia 18 de agosto. Portando, apenas alguns dias antes da festa prussiana. Nesse dia se comemorava o aniversário de Francisco José, o imperador austríaco. Como os prussianos, agora os boêmios também poderiam desfilar nas vias púlicas. Aqueles que eram ex-combatentes poderiam, igualmente, exibir orgulhosamente as suas condecorações.

Zipperer descreve uma dessas festividades, falando que antes do desfile, membros e familiares assistiam a uma missa. Os festejos começavam em seguida, animados por bandas que tocavam canções da Boêmia, terra de todos eles. Terminavam o dia na cervejaria de Johann Hoffmann, que era o secretário da Sociedade.

A sede da sociedade era o salão de Josef Zipperer. Nas comemorações do ano de 1898, houve então um baile nesse salão. Ele nunca havia ficado tão cheio, com os membros e suas famílias, que “na maioria eram simples lavradores” (ZIPPERER 1954). Os dançarinos tiveram que ficar separados em grupos. Por essas dificuldades, a sociedade decidiu trocar de salão, e optou pelo salão de Hermann Knop (um pomerano! Zipperer julgou isso como uma verdadeira desfeita).

Os livros não nos apontam muitas coisas a mais sobre a Sociedade, além da fajuta visita do cônsul alemão, forjada por Zipperer para se vingar da desfeita, e que já foi narrada aqui. Eis uma foto dos membros em 1900:

E quem eram esses membros? Infelizmente a maioria não é mais possível descobrir. O livro de Vasconcellos nos dá o nome de dois: o presidente Friedrich Fendrich, que é o quinto da primeira fileira, partindo da esquerda, e ainda o do secretário Johann Hoffmann. Esse era também cervejeiro, e teve a infelicidade de ser desafeto do Dr. Philipp Maria Wolf, que, nas suas críticas, dizia que fazia de parte de “agremiações idiotas”. Todos os outros fotografados são tratados como incógnitos. Mas algumas descobertas foram feitas. Por fontes de tradição familiar, sabemos também que faziam parte Aloís Schreiner e seu irmão Johann Schreiner. Aloís é provavelmente o terceiro da segunda fileira, partindo da direita. Seu irmão Johann provavelmente estava perto, podendo ser o que está antes dele. Mas isso ainda não é possível afirmar. Graças a foto de Benedicto Bail que recebi de Norma Huebl e ao olhar clínico de Rose Vidal Teixeira, descobri que também ele fez parte da Sociedade! Isso era totalmente desconhecido para mim, e ouso dizer que não havia ninguém que soubesse disso. Uma pequena descoberta como essa é cheia de significação e importância, ainda mais que foi feita exatamente na semana que lembro o seu 80º aniversário de falecimento. Ele é o quarto da segunda fileira, partindo da esquerda. Está atrás de Fendrich (o que também me leva a uma conclusão curiosa: o avô do meu opa conhecia o avô da minha oma). Nesse post aqui, tem a foto do Benedicto que mostra traços idênticos, embora nessa ele já estivesse mais velho: http://coisavelha.blogspot.com/2007/09/benedikt-beyerl.html

Suponho que Jacob Treml também fizesse parte da Sociedade. Digo isso porque, além de ser boêmio, ele era veterano de guerra. Quem seria ele naquela foto? O mesmo podemos dizer de Georg Gschwendtner, cuja identidade na foto só será possível descobrir se porventura um descendente tiver alguma relíquia que permita a comparação. Tantos e tradicionais sobrenomes boêmios em São Bento também certamente devem estar representados nessa foto. As buscas continuam, tanto pela identificação como no detalhamento das atividades da sociedade.

Published in: on 01/03/2008 at 4:33 PM  Comments (48)  

Carl Panneitz e a Invasão de Lotes

Parece que mesmo 25 anos depois de fundada, ainda eram constantes os problemas de propriedade em São Bento. Numa edição do jornal “A Legalidade” de 1898, Carl Panneitz, morador da Estrada da Serra, “fazia saber que ninguém sem sua permissão deveria entrar nas suas terras”. Curioso que os colonos utilizassem um jornal para avisar os demais sobre isso. Existiam dois Carl Panneitz, pai e filho, e não sabemos qual deles se queixava no jornal. O primeiro foi casado com Johanna Voos, e o segundo era casado com Clara Maier.
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Published in: on 01/03/2008 at 4:02 PM  Deixe um comentário  

300 Anos do Batizado de Izabel Domingues

Sempre impressiona dar-se conta que um fato ocorrido há tanto tempo tenha chegado ao conhecimento das pessoas. Continuam sendo os registros eclesiásticos, a despeito da grafia normalmente difícil, em se tratando de dados antigos, fontes valiosíssimas para se preservar a história dos lugares. Há 300 anos, em 01.03.1708, foi batizada minha ancestral Izabel Domingues. Ela depois se casaria com João Dias Cortês, com quem teve a filha Quitéria Dias Cortês, de quem descendo.
Published in: on 01/03/2008 at 3:22 PM  Deixe um comentário  

Drummond, Meu Primo

Naturalmente, não tenho a menor intenção de me engrandecer por conta disso, mas apenas a de mostrar que mesmo humildes e pretensos jornalistas, como eu, podem ser primos distantes de consagrados escritores, como Drummond, nesse Brasilzão em que quase todo mundo é parente. Começo com meu tetravô Generoso Fragoso de Oliveira apenas para equilibrar as gerações até Drummond.
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Generoso Fragoso de Oliveira…..Carlos Drummond de Andrade
Francisca Soares…………………Carlos de Paula Andrade
Marciana Maria de Marafigo…….Capitão Elias de Paula Andrade
Pedro de Chaves de Marafigo……Francisco de Paula Andrade
Julianna de Chaves de Siqueira…Maria Cândida da Cunha Ataíde
Maria Martins de Ramos………..Escolástica de Moraes
Salvador Martins Leme…………Maria Pedroso de Moraes
Matheus Martins Leme…………Gaspar de Godói Colaço
Leonor Leme, a neta……………João de Godói Moreira
Antônia de Chaves………………Paula Moreira
……………JORGE MOREIRA E ISABEL VELHO
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Essa é apenas uma das formas possíveis, já que Drummond também tem como ancestrais os Leme e os Alvarengas. As fontes para a genealogia de Drummond estão no estudo de Pedro Wilson Carrano Albuquerque, que se encontra disponível aqui: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=189&cat=Ensaios. Também poderia fazer isso com outros primos ilustres, como o Tom Jobim e o Frei Galvão. Coisas fantásticas de um país continental como o nosso!
Published in: on 01/03/2008 at 1:21 PM  Deixe um comentário  

Estrada do Lago

Também da Legalidade, encontramos outro registro curioso. Trata-se do anúncio de um certo Antônio Barbosa Cardoso, que ainda não consegui identificar, dizendo que estava vendendo a sua casa na Estrada do Lago (e barato!). Também é interessante que um “caboclo” tenha usado a língua alemã para fazer o anúncio. Eis como ele aparece:
Published in: on 29/02/2008 at 1:38 PM  Deixe um comentário  

Franz Neumann

Conforme o jornal “A Legalidade” de 08/07/1893, disponível aqui: http://picasaweb.google.com.br/portalsbs/Legalidade/

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ATENÇÃO
2 vaccas 2 novilhas e 1 tour que se acham fugidos, estão no meu pasto, podendo o seu dono recebelos mediante pagamento de annuncios e dinheiro de pasto.
Francisco Neumann, Estrada Da. Francisca. S. Bento
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Cremos que é o mesmo Franz Neumann que era comerciante e sapateiro, filho de Wenzel Neumann e Catharina Rössler, e que imigrou casado com a mulher Theresia Schulze e a filha Marie, vindos de Marienberg, na Boêmia. Viúvo dessa, casou-se com Mina Richter, e tiveram filhos cujos registros de batismo informam que eram moradores da Estrada Dona Francisca.
Published in: on 27/02/2008 at 1:28 PM  Comments (1)  

195 Anos do Nascimento de Anton Zipperer

Cremos que foi no dia 26.02.1813 que nasceu meu tetravô Anton Zipperer. Há fontes divergentes. Um pesquisador tcheco afirma que foi em 1º de Janeiro. De um jeito ou de outro, procuremos lembrar desse homem que imigrou com idade avançada, se comparado aos outros imigrantes. Estava com 60 anos. Que esperanças tinha pra si? Provavelmente a maior parte das expectativas estava numa condição de vida mais digna para os seus filhos ainda pequenos, e pra todos os seus descendentes. Foi pensando nesse futuro que Anton Zipperer e sua esposa Elisabeth Mischeck resolveram acreditar na mudança e atravessaram o oceano. E hoje lembramos que foi há quase 200 anos que Anton veio ao mundo. Junto com sua esposa resolveu deixar a vida de servidão e sem qualquer possibilidade de crescimento que o casal tinha na Europa. Aqui, Anton sofreu bastante, como todos os imigrantes, na rudimentar Colônia de São Bento. Mas quando faleceu em 1891, já era possível ver o começo do progresso na cidade, onde vários de seus descendentes galgariam importantes cargos políticos e teriam uma vida pública destacada.
Published in: on 26/02/2008 at 3:53 AM  Deixe um comentário  

62. Anton Mühlbauer (1833-1911)

Meu tetravô Anton Mühlbauer nasceu por volta de 1834. Sua aldeia natal ainda é um mistério. Sabe-se que esteve em várias aldeias da Bavária, mas não existe registro de batismo nos arquivos de Eschlkam entre 1831-1837. Supõe-se então que tenha nascido em outra Paróquia. Não descartamos a possiblidade de ser do outro lado da fronteira, ou seja, da Boêmia. De Flecken imigrou a família de um Michael Mühlbauer, mas ainda não encontramos relação com Anton Mühlbauer. Filho de Mathias e Klara Mühlbauer, Anton se casou em Eschlkam no dia 03.10.1868 com Barbara Pfeffer. O casal, antes de se casar, já havia tido dois filhos. Eis a cópia do seu registro, conforme fotografia que nos foi passada pelo alemão Franz Mühlbauer:
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O registro diz o seguinte:
(coluna esquerda) eodem
(coluna do meio) Zum hl. Sakr. Anton Muehlbauer, des Mathias der Klara Muehlbauer Inwohner v. Schwarzenberg … Sohn mit Barbara Pfeffer, des Georg Pfeffer Häusler von Kleinaign …
(coluna da direita)… 29st Sept
(coluna da esquerda): Eodem (é uma palavra em latim que quer dizer “o mesmo”, ou seja: mais um casamento no dia 03.10.1868)
(coluna do meio) Pelo sagrado sacramento Anton Muehlbaer, de Mathias e Klara Muehlbauer, locatário em Schwarzenberg… e Barbara Pfeffer, de Georg Pfeffer, dono de cabana/chalé em Kleinagn.
(coluna da direita) 29 de setembro
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O padre não escreveu sentenças inteiras, omitindo algumas palavras, talvez por estar cansado de repetir as mesmas palavras o tempo todo em todos os registros.
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Eschlkam, onde Anton Mühlbauer se casou, e onde eram feitos todos os registros de aldeias próximas

Pelos registro de batismos dos filhos de Anton, que também nos foram passados por Franz Mühlbauer, sabemos que ele esteve em outras aldeias bem próximas umas das outras, e que foram, a saber:
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Schwarzenberg, onde esteve em 1859. De lá também imigraria em 1877.

Kleinagn, onde esteve por volta de 1869 e 1870, já depois de casado

Grossaign, onde esteve por volta de 1872, e onde teria nascido minha trisavó Barbara Mühlbauer

Ritzenried, onde a família de Anton Mühlbauer esteve por volta de 1873

Em 1877, Anton e sua esposa Barbara decidem imigrar ao Brasil. E o fazem através do Navio Rio, que saiu do porto de Hamburgo no dia 20.03.1877 e chegou em São Francisco do Sul em 22.04.1877. Ainda não está claro o lugar em que a família passou a morar, visto que duas das filhas de Anton tem descendência em Fragosos, enquanto que um dos filhos morava em Serra Alta. Em 1900 Anton aparece na lista de signatários da ata de levantamento da nova Igreja Matriz de São Bento do Sul. Anton Mühlbauer faleceu no dia 02.12.1911, e segundo esse registro contava então com 78 anos e 10 meses.

Published in: on 24/02/2008 at 5:46 PM  Deixe um comentário  

EEB Frederico Fendrich

Reproduzo aqui a história da Escola Frederico Fendrich, que está disponível no blog http://eebfredericofendrich.blogspot.com/, de onde também são as fotos:

“A história da nossa escola deu-se em 1953, quando iniciou-se em uma casa com a professora Amazilda Monick. O bairro foi crescendo, aumentaram os alunos, em l959 era ESCOLA ISOLADA TRISDOBRADA. Em 1960 foi construído prédio próprio pelo governo do estado sendo que o terreno foi doado pelo Sr. Wigando Ruckl e sua esposa Cecília Ruckl , residentes neste município. O prédio foi inaugurado em 21 de agosto e recebeu como patrono o professor Frederico Fendrich. Sendo assim, a escola passou a se chamar ESCOLA REUNIDA PROFESSOR FREDERICO FENDRICH.”

A Escola de Educação Básica Frederico Fendrich situa-se na Rodovia SCT 280 n° 785 – Bairro Serra Alta, na cidade de São Bento do Sul – SC. Foi fundada em março de 1953.

A Unidade Escolar possui um terreno com área de 8.000 m². Sua área construída é de 2.167,00 m², funciona em três períodos: matutino, vespertino, noturno com aproximadamente 758 alunos. Sendo no ensino médio 373 e no ensino fundamental 386.

Published in: on 24/02/2008 at 3:40 PM  Deixe um comentário  

80 Anos do Falecimento de Benedicto Bail

No dia 24.02.1928 faleceu meu trisavô Benedicto Bail[1], tido como o noivo do primeiro casamento boêmio de São Bento do Sul[2]. Nasceu em 30.04.1856 em Holschlag e foi batizado em Gutwasser, ambas aldeias da Boêmia.[3] Conforme o registro de imigração, no entanto, ele seria natural de Haidl, atualmente Zhuri. Era filho natural de Maria Bail, e tinha ao menos uma irmã mais velha, chamada Bárbara Bail. Conta a história que cedo os dois ficaram órfãos.

Benedicto, ainda rapazote, se empregou na marcenaria de Georg Neppel. E lá conheceu Anna Maria Neppel, a filha de seu chefe. Não demorou muito até que os dois acabassem se enamorando. O que não foi visto com bons olhos por Georg, que teria então demitido Benedicto, achando que a filha merecia melhor destino do que ter um noivo órfão e bastante humilde. A separação forçada não foi suficiente, no entanto, para que os dois deixassem de se gostar.

Mas sem muitas perspectivas de vida, Benedicto decidiu acompanhar seus padrinhos Georg Gschwendtner e Francisca Raiel[4] quando imigraram ao Brasil. Veio então com o Navio Shakespeare, que saiu de Hamburgo no dia 20.09.1874 e chegou em São Francisco do Sul a 11.11.1874. Então subiram a serra até São Bento, onde passaram a morar. Benedicto morava onde hoje é a Rua Antônio Hilgenstieler. Como quase todos naquela época, também trabalhou como lavrador.

Reza a tradição que Benedicto e Anna Maria Neppel, ainda apaixonados, continuaram trocando cartas, ele em São Bento e ela na Europa. O que é de difícil comprovação, afinal cremos que Benedicto não sabia ler ou escrever. Além do mais, foram poucos os navios que vieram entre 1874, ano de imigração de Benedicto, e 1876, quando Anna Maria imigrou.

De fato, os Neppel também passaram a ter dificuldades na Europa e acharam que o melhor seria tentar a sorte em outro lugar. E esse lugar foi exatamente São Bento. Vieram pelo navio Humboldt que saiu de Hamburgo em 15.04.1876 e chegou em São Francisco do Sul no dia 11.06.1876.

Após longo período, Benedito e Anna Maria finalmente puderam se reencontrar, agora em solo brasileiro. Certamente, o novo encontro trouxe à tona todos aqueles sentimentos que haviam sido tolhidos pela separação imposta pelo pai da noiva. Com as esperanças renovadas, o casal decidiu enfrentar a oposição da família Neppel. E tanta era a vontade de legitimar a união, que um mês depois de Anna Maria chegar ao Brasil, ela e Benedicto já estavam se casando.

A data do casamento foi marcada para 10.07.1876, na próxima visita que faria o Pe. Carlos em São Bento. A refeição matinal do noivo naquele dia foi na casa de Franz Pöschl, cunhado de Benedicto e o almoço na casa de Georg Bayerl[5]. A Johann Christoff coube a missão de divulgar a notícia desse casamento. Para isso, ao fazer o seu pronunciamento, desenha com giz um convite na porta da casa das pessoas.

Benedicto, que não era, como visto, dos mais afortunados financeiramente, começou a se preocupar com a roupa que teria que vestir na ocasião do casamento – pois não tinha nenhuma em condições para cerimônia tão especial! Quem conseguiu um terno para ele foi Josef Augustin. Benedicto vestiu, o terno serviu, e foi com ele que esteve durante o casamento.

No dia do casamento, os músicos já estavam a postos na casa de Franz Pöschl. A primeira bandinha de São Bento tocou no primeiro casamento boêmio. O primeiro convidado a chegar foi Georg Gschwendtner, tido como padrinho do noivo. E como era costume, recebeu uma garrafa de vinha por isso. A todos que chegavam, era oferecido uma cerveja de gengibre, num caneco especial. Os conviddados também eram enfeitados com ramos e fitas coloridas. Havia bolos, cucas e salgados, além de café. E tudo isso servido em mesas pra lá de rústicas, como tudo o mais era rústico naquele tempo.

Era a celebração da união de Benedict e Anna Maria, contra a vontade dos Neppel. Houve, como costuma acontecer em muitas festas, uma “discussão acalorada”, pra não dizer uma briga, entre Franz Pöschl e Georg Seidl. Este havia emprestado uma pistola para Pöschl dar uma salva de tiros. Seidl estava tomando a sua cerveja de gengibre, e logo passou a se sentir tonto. Mesmo assim, estava tentando recarregar a pistola, mas acabou derramando pólvora fora do cano, e não dentro. Quando apertou o gatilho, só a espoleta estourou. Isso teria despertado a primeira discussão em um casamento na cidade, mas que logo foi controlada e apaziguada pelos demais convidados.

Fora isso, a festa seguia, animada por canções da velha Boêmia. Johann Grossl, fervoroso rezador, fez um Pai Nosso pedindo bênçãos aos noivos, além de orações pelos parentes já falecidos – como os pais de Benedicto. Feito isso, seguiu-se para a pequena capela do Santíssimo Coração de Maria, que ficava a cerca de 2 quilômetros da casa de Franz Pöschl. Para lá sergiu o cortejo nupcial. Atrás dos músicos vinha Anna Maria, acompanhada do jovem Franz Grossl, o seu guia, e Benedict acompanhado de Theresia Zipperer, a “dama de honra”. Havia ainda a representante da mãe da noiva, que foi Margareth Schiessl.

Já na capela, os dois se casaram perante o Pe. Carlos Boergershausen. Era a consumação dos desejos do casal, da paixão que começara na Europa, que fora interrompida, e que ressurgira com força total em solo são-bentense, a despeito da oposição dos Neppel. Consta que os pais da noiva permaneceram firmes e não apareceram na cerimônia de casamento da filha. Na oportunidade, também se casaram Johann Schiessl e Barbara Simet.

Depois de finda a cerimônica religiosa, foram para o hotel e restaurante de Georg Bayerl, onde a comida já estava pronta e a cerveja fora preparada pelo próprio dono. Lá também se inicou outro costume da terra natal daquelas pessoas, que era a corrida pela “offaschüssel”, uma espécie de pá de madeira, com um cabo comprido. Sob ela se deitava a massa de pão para colocá-la no forno e assim assá-la. A pá era enfeitada e colocada numa distância entre 100 e 200 metros dos “corredores” concorrentes. Vários homens se dispunham a correr. Quem venceu foi Georg Gschwendtner. Como prêmio, podia dançar com a representante da noiva, quando as danças tivessem início.

Os convidados tratavam então de sentar-se às meses, em cujo centro estava um prato para se colocar o preço da refeição, já anunciado no dia do convite por Johann Christoff, e que era de mil réis. Benedict Bail e Anna Maria Neppel sentaram-se num canto do salão, sob um crucifixo. Os parentes mais próximos sentaram-se perto. Quando todos já estavam acomodados, o dono da casa rezou em voz alta as orações de costume nessas ocasiões, as quais eram respondidas pelos convidados. Depois todos almoçaram.

Quando terminaram, as mesas foram arrumadas. Anna Maria caminhou sob uma passarela de meses em direção ao centro do salão. Fez isso em companhia de Franz Grossl, o seu “guia”. Começou então a dança da noiva, a primeira feita exatamente com Grossl. A seguinte foi chamado Benedicto Bail, e então o casal dançou pelo salão. Depois de tantos problemas, proibições e distância, não estavam os dois ali casados e dançando para celebrar a união? Essa dança também foi dançada por Franz Grossl e Therezia Zipperer, além de Georg Gschwendtner, o vencedor da “offaschüssel”, e a representante da mãe da noiva.

Depois seria a hora de chamar o pai de Benedicto. Como ele há longo tempo já descansanva no solo de sua pátria, foi rezado um Pai Nosso pelo descanso de sua alma. O pai da noiva também seria chamado, mas, como dito, ele não compareceu. Depois foram chamados os padrinhos e depos os demais parentes. E ao final, todos os convidados puderam dançar pelo salão.

O simples Benedicto viveu menos de dez anos em companhia de Anna Maria. No dia 29.09.1885 Anna faleceu, vítima de tifo. Era o triste fim do relacionamento que começara ainda na Boêmia. Não sabemos se nessa época houve alguma alteração no relacionamento de Benedicto com os pais da noiva. Sabemos que em 1884, Benedicto aparece como testemunha de casamento de Josef Neppel e também de Aloís Neppel, irmãos de Anna Maria, de modo que sabemos que mantinham relações. Não temos notícia de filhos de Benedicto com sua primeira esposa Anna Maria Neppel.

Algum tempo depois de ficar viúvo, Benedicto se casou novamente, dessa vez com Catharina Brandl, que ainda criança também imigrou pelo Shakespeare em 1874. Transcrevemos o registro de seu casamento, conforme os livros da Igreja Católica de São Bento do Sul:

“A dez de fevereiro de mil oitocentos e oitenta e seis, às 10 horas da manhã, na Capella do Smo. Coração de Maria deste Municipio de S. Bento, feitos os tres banhos canonicos a 24 e 31 de Janeiro e 2 de Fevereiro do corrente anno, sem impedimento algum e com palavras de presente e de mutuo consentimento na forma do sagrado Concilio de Trento, em minha presença e das testemunhas José Schroeder e Jorge Weiss, receberão-se em matrimonio Bendedicto (sic) Beierl e Catharina Prandl, elle de idade de 30 annos, viuvo por obito de sua primeira mulher Maria Neppel, filho natural de Maria Beierl, nascido em Holzschlag e baptisado em Gutwasser na Bohemia, e ella de idade de 18 annos, solteira, filha legitima de José Prandl e Anna Weinfalter, nascida e baptisada em Eisenstrass, também na Bohemia, ambos os contrahentes livres, estrangeiros, lavradores e moradores neste Municipio. E logo em seguida na missa pro sponcis lhes dei a Benção Nupcial Solemne do que para constar lavrei este termo que assignei com as testemunhas. O Vigário Pe. Carlos Boegershausen”.

Desse casamento nasceram os seguintes filhos, não necessariamente na ordem:

Luiz Bail, casado com Francisca Fleischmann.
Thereza Bail, casada com Engelberto Bechler.
Maria Bail, casada com Otto Zeithammer.
José Bail, casado com Martha Maahs.
Carlos Bail, casado com Maria Quandt.
Engelberto Bail, casado com Paula Heiden.
Catharina Bail, casada com Rodolfo Giese.
Benedicto Bail, casado com Maria Grosskopf.
Rodolfo Bail, casado com Margarida Hübl.
Paulo Bail, casado com Marta Grosskopf.

A vida de Benedicto já havia tido perdas prematuras, e ele teve ainda mais uma em 04.02.1912. Nesse dia faleceu, com cerca de 43 anos, sua segunda esposa Catharina Brandl. Faleceu antes de seu pai, Josef Brandl, que continuou morando com seu genro Benedicto até falecer em 1917. Já Benedicto, faleceu no dia 24.02.1928, conforme atesta o registro de óbito que tivemos o cuidado de transcrever abaixo:

“Aos vinte e cinco dias do mez de Fevereiro do ano mil novecentos e vinte e oito, nesta villa de São Bento, Estado de Santa Catarina, em meu cartório compareceu Benedito Bail e perante as testemunhas abaixo assignadas declarou que no dia de hontem às dezoito e meia horas, falleceu em seu domicilio na Estrada Argolo, neste distrito, seu pai Benedicto Bail, vítima de fraqueza cardíaca, com idade de 71 anos, natural de Áustria, de cor branca, profissão lavrador, viúvo de Catharina Brandl, de filiação ignorada, residia à dita Estrada Argolo, tendo fallecido sem assistência médica, não deixa bens, vae ser sepultado no Cemitério Público desta villa de São Bento, do que para constar lavrei o presente termo, depois de lido e achado conforme, assina Luiz Guenther a rogo do declarante, por não saber este escrever, conforme declarou, com as testemunhas que são Paulo Grossl, alfaiate, e Antônio Ruzanowski, ambos residentes nesse districto. Eu, Erico Bollmann, official do Registro Civil, o escrevi e também assigno.”

Benedicto está sepultado no Cemitério Municipal de São Bento do Sul, no lado esquerdo de quem entra pela escadaria, no mesmo túmulo em que descansa sua filha Catharina Bail e o esposo desta, Rodolfo Giese. Cremos que há um equívoco na sua lápide ao afirmar que nascera em 1854, quando na verdade foi 1856. O fato de seu filho ser analfabeto comprova novamente que Benedicto deve ter tido uma vida muita simples e sob condições bastante humildes.

[1] A grafia varia muito de documento para documento, podendo ser Bail, Beil, Beyerl, Bayerl, e assim por diante. Os descendentes de Benedicto usam, quase todos, “Bail”, razão pela qual também é essa a grafia que aqui adotamos.
[2] A história é tratada no livro de Josef Blau “Bayern in Brasilien” e também no “São Bento do Passado”, de Josef Zipperer. Também já foram realizadas apresentações teatrais.
[3] Holschlag atualmente se chama Paseka e contava com a seguinte população e moradias: em 1910 eram 172 habitantes morando em 8 casas; em 1921 eram 9 casas, e desconhecemos a população. Paseka fica a cerca de 3 quilômetros de Zhuri. Já Gutwasser, em nossos dias se chama Dobrá Voda, a 5,7 quilômetros de Paseka.
[4] A informação de que eram padrinhos de Benedicto está no livro “São Bento na Memória das Gerações”, de Alexandre Pfeiffer.
[5] Não sabemos ainda qual o parentesco com Benedito, se de fato existe, como o cremos. George Bayerl também veio pelo navio Shakespeare em 1874.

Published in: on 24/02/2008 at 12:37 PM  Comments (2)  

Viagem Pela Comarca de Curitiba

O viajante francês Saint-Hilaire percorreu todo o Brasil no começo do século XVIII, e deixou impressões riquíssimas em muitos dos seus livros. O livro sobre a Comarca de Curitiba foi desmembrado de outro, e dá a noção certa do que deve ser o restante. Vale muito a pena acompanhar as viagens de Saint-Hilaire. Primeiro ele chegou em Castro, e descreve minunciosamente tudo o que vê, todas as pessoas que encontra, e todos os meios de se viver daquelas pessoas. Depois faz o mesmo com Curitiba. O livro já valeria a leitura só por causa de frases como “Curitiba mostra-se tão deserta, no meio da semana, quanto a maioria das cidades do interior do Brasil”. Que extraordinária diferença para os nossos dias! E continua: “Ali, como em muitos outros lugares, quase todos os seus habitantes são agricultores que só vêm à cidade aos domingos e dias santos, trazidos pelo dever do ofício divino”. As descrições que faz de Curitiba servem muito para que eu entenda melhor de que modo viviam meus vários ancestrais curitibanos naquele tempo. Depois de Curitiba, o autor ainda partiu pra Paranaguá, com passagens também muito interessantes. Também é necessário destacar o elemento indígena nessa obra, e a tentativa de Saint-Hilaire em aprender o vocabulário dessas pessoas. Há inclusive um pequeno dicionário na língua dos indígenas. Enfim, um banho de história!
Published in: on 19/02/2008 at 1:44 AM  Comments (1)  

Aldeia Natal de Anna Trojan

Complementando o post anterior, aqui vão imagens da aldeia natal de Anna Trojan, Kochowitz – atualmente, Kochowice. A imagem é do Google Earth e mostra uma região que provavelmente continua não muito desenvolvida.

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Published in: on 17/02/2008 at 9:10 PM  Deixe um comentário  

61. Anna Trojan (1831-1920)

Minha tetravó Anna Trojan nasceu em Kochowitz e foi batizada em Gastorf, na Boêmia. Casou-se ainda na Europa com Wenzel Hannusch. De Osseg, eles imigraram ao Brasil no ano de 1877 a bordo do Navio Rio. O casal teve os seguintes filhos, que imigraram com eles: Antônia Hannusch, casada com José Pilz; Rozina Hannusch; Franz Hannusch, casado com Catharina Mühlbauer; e meu trisavô Johann Hannusch, casado com Barbara Mühlbauer.

Por volta de 1896, Wenzel Hannusch faleceu. No ano seguinte, encontramos o registro do segundo casamento de Anna Trojan, por sinal muito curioso, e que transcrevemos abaixo:
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“A treze de Novembro de mil oitocentos e noventa e sete ás 10 horas da manhã na Capella do Smo. Coração de Maria deste município de S. Bento, dispensados os tres banhos canonicos por mim por Delegação do Epmo. e Revmo. Senhor Bispo Diocesano de 26 de Setembro de 1895, sem impedimento algum e com palavras de presente e de mútuo consentimento na forma do 1º Concílio Tridentino, em minha presença e das testemunhas Jacob Treml e Francisco Eckstein, receberão-se em matrimonio Jorge Zipperer e Anna Trojan, moradores neste município, elle de 76 annos d’idade, nascido e baptisado em Rothenbaum na Bohemia, e filho legítimo de Jorge Zipperer e Anna Augustin, e viúvo por obito de sua 3ª mulher Maria Magdalena Zipperer, e ella de 66 anos d’idade, nascida em Kochowitz e batisada em Gastorf na Boêmia, filha legítima de Antonio Trojan e Elisabeth Tausch, e viúva por obito de seu marido Venceslau Hanusch, do que para constar fiz este termo que assignei junto com a contrahente e as testemunhas.
O Vigário Pe. Carlos Boegershausen.
Anna Trojan
Jacob Treml Franz Eckstein”
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Eis a assinatura de Anna Trojan conforme ela aparece no registro:
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Percebemos então que eram ambos de idade bem avançada. Anna com 66 anos e seu esposo Jorge Zipperer com 76. Já tratamos sobre algumas dificuldades na família Zipperer no que diz respeito a nomes e idades. O pai de Jorge talvez fosse Adam Zipperer. Muito interessante também é ver que esse era o quarto casamento de Jorge, e que todos os outros terminaram porque suas esposas faleceram. Mas isso não aconteceria pela quarta vez. Anna faleceu também viúva de Jorge Zipperer, embora o registro só informe que era viúva de seu primeiro marido. Eis a transcrição de seu óbito, conforme o Livro 5, p. 49 N. 52 do Cartório de São Bento:
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“Aos catorze dias de agosto de mil novecentos e vinte, em meu cartório compareceu Francisco Hannusch, lavrador, domiciliado no lugar Fragosos, de Campo Alegre, e perante as testemunhas no fim assignadas, declarou que hoje, ás 12 horas, em seu domicílio, falleceu sem assistência médica a sua mãe Anna Hannusch, com 89 anos, nascida na Alemanha, e residente no mesmo lugar Fragosos, na companhia de seu dito filho Francisco Hannusch, de profissão doméstica, sem deixar herança, deixando quatro filhos maiores, viúva de Wenceslau Hannusch, em conseqüência de velhice, devendo sepultar-se no Cemitério Cathólico, nesta villa, do que faço esse termo.
A rogo do declarante, por não saber escrever, Eu, Miguel Rodrigues, escrivão interino, o escrevo.”
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Eis aí um registro que também suscita coisas interessantes. Em 1920 estavam vivos todos os filhos de Anna Trojan com Wenzel Hannusch. Como o número de 4 filhos é o mesmo que encontramos no registro de imigração, supomos que não tiveram outros filhos nascidos no Brasil. Até porque, já estavam na casa dos 40 quando imigraram. Não sei onde morava Jorge Zipperer e de que maneira conheceu minha tetravó Anna Trojan. Como percebe-se pelo registro, os Hannusch moravam na região de Fragosos. Também se diz que ela foi sepultada no “Cemitério Cathólico” de São Bento. Se de fato está lá no Cemitério Municipal, sua lápide também perdeu-se com o passar dos anos, de modo que já é impossível identificar o local em que está sepultada.
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Anna faleceu com avançada idade, e sua morte impediu que sofresse a perda de seu filho Francisco Hannusch, o declarante desse óbito, que faleceu no ano seguinte, aos 55 anos, vítima de influenza.

Published in: on 17/02/2008 at 5:30 PM  Deixe um comentário  

60. Wenzel Hannusch

Meu tetravô Wenzel Hannusch era da região de Osseg ou Osseck, no norte da Boêmia. Nasceu por volta de 1833. Era operário, e imigrou ao Brasil a bordo do Navio Rio, que chegou em São Francisco do Sul no dia 22.04.1877. Wenzel veio já casado com Anna Trojan e com seus filhos. Ainda não pude consultar um provável registro de óbito de Wenzel Hannusch. Ele faleceu antes de 1897, ano em que sua esposa Anna Trojan se casou pela segunda vez. Nos livros eclesiásticos não ficou registro desse falecimento. Resta-nos então a consulta ao cartório civil. Embora seja difícil, pode ser que informe os pais, nomes que até então desconhecemos. Wenzel Hannusch é antepassado de todos os Hannusch que vieram para a região de São Bento. Grande parte deles se estabeleceram em Fragosos e redondezas.
Published in: on 16/02/2008 at 9:30 PM  Comments (1)  

Sobrenomes Mencionados

Mais uma lista de sobrenomes, essa ainda maior. São pessoas que aparecem na minha árvore dos Zipperer, em São Bento do Sul, Rio Negrinho, Porto União, Curitiba, e demais cidades. Tenho informações sobre:
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Achatz, Afonso, Agostinho, Aguilar, Ahrenz, Alberth, Albrecht, Almeida, Altmann, Alves, Amorim, Antunes, Aquino, Araújo, Aschenbrenner, Augustin, Azim, Bachmeier, Baechtold, Baggio, Bail, Barcelo, Baron, Batista, Baum, Baumann, Bayerl, Becker, Beil, Beja, Bendlin, Berlinger, Berlintes, Böhm, Bohman, Boiger, Bollmann, Bonetto, Borgia, Brandl, Brenner, Breszinski, Brett, Brey, Brito, Buba, Buchmann, Buddemeyer, Busse, Carmo, Carneiro, Carvalho, Casado, Cheuchuk, Chiminello, Ciocero, Crisostomo, Cornélio, Correia, Costa, Cubas, Delabarba, Dias, Dieguez, Diener, Doering, Dörner, Drecksser, Duffeck, Dums, Dziedicz, Eckl, Ecklhoffer, Eckstein, Ehrl, Eichstaed, Fagundes, Feix, Fendrich, Fernandes, Ferreira, Finta, Firsch, Fischer, Fleith, Fragoso, Françoi, Franz, Freiberger, Friedrich, Fuckner, Gabardo, Gadotti, Gansenmüller, Gassner, Gehring, Gelbke, Gellert, Gerdes, Geretschlaeger, Giachetta, Giese, Glinski, Goertler, Gomes, Gonçalves, Gonchorovski, Gonzales, Görges, Goulart, Greil, Grimm, Grosskopf, Grossl, Grubenbauer, Gruber, Grützmacher, Gschwendtner, Guerra, Guesser, Guimarães, Habowski, Hamann, Hannemann, Hansen, Harasckewicz, Harms, Hastreiter, Hatschbach, Hauffe, Heidereich, Henkels, Hien, Hilgenstieler, Hirt, Hock, Hoffmann, Holanda, Honnicke, Hornick, Huber, Hübl, Hübner, Hümmelgen, Iarrocheski, Jablonski, Jackl, Jacob, Jaeger, Jakusch, Janckowski, Janz, Jung, Jurgensen, Kaesemodel, Kalhofer, Kamiensky, Karowetz, Karsten, Kaszubowski, Kath, Katzer, Keil, Keller, Kempf, Kirschbauer, Klaumann, Klimmek, Klinger, Klitzke, Kloner, Knapick, Knop, Kobs, Koczot, Koelzer, Kohlbeck, Köhler, Kollross, Kotelack, Krambeck, Krüger, Kucherl, Kürten, Kwitschal, Labenz, Lacerda, Lampe, Lang, Langhammer, Lapa, Leal, Leite, Leithis, Lemke, Liebl, Lima, Linzmeyer, Lisboa, Loos, Lopes, Lorenz, Lorusso, Ludwig, Lutz, Luz, Macedo, Machado, Maciel, Maglioreto, Magri, Maia, Malinowski, Mallon, Marcelino, Maros, Marquardt, Martin, Martins, Mascarenhas, Mattoso, Maulepes, Medeiros, Mello, Mendes, Meneghetti, Meros, Michalski, Mikosz, Mischeck, Moldenhauer, Monteiro, Montilha, Montovani, Moraes, Moreira, Mühlbauer, Müller, Naderer, Neidert, Neppel, Neugbauer, Neumann, Oleskowicz, Oliveira, Pacher, Padilha, Pankratz, Panneitz, Pantelão, Peng, Penkal, Pereira, Pfeiffer, Pfützenreuter, Pilato, Pimpão, Pinto, Ploetz, Pollum, Prado, Preissler, Preussler, Priebe, Pruner, Prüss, Pscheidt, Ptak, Raiel, Randig, Rank, Rantz, Redzinski, Reinhardt, Reis, Resende, Ribas, Ribeiro, Righetto, Rios, Ritzmann, Robl, Rocha, Rodrigues, Roesler, Rohmann, Ropelato, Rückl, Rugoski, Ruthes, Santos, Sass, Salles, Scaburi, Schappo, Schewinsky, Schiessl, Schmidt, Schmith, Schmitt, Schierholt, Schoeffer, Schreiner, Schröder, Schubert, Schulz, Schwarz, Schwitzki, Seibt, Seidl, Seleme, Sill, Simm, Silva, Silveira, Siqueira, Sohn, Souza, Speckl, Spitzner, Splitter, Stange, Stapait, Stascheck, Staviny, Stelter, Sthäelin, Stiegler, Stoerberl, Stoll, Stueber, Stürmer, Stuy, Surkamp, Swishelowski, Tascheck, Tausch, Tauscheck, Tavares, Telma, Terra, Theiss, Tomesch, Treichel, Treml, Trevisan, Trnka, Tschöke, Vale, Vasconcellos, Veras, Virmond, Vogel, Weber, Weihermann, Weiland, Weise, Weiss, Wenck, Wesselack, Wetter, Wistuba, Wittkowski, Wittlich, Woehl, Wolff, Wolner, Wützke, Zacharias, Zanluca, Zchoerper, Ziekur, Ziemann, Zierhut, Ziesemann, Zietz, Zimmermann, Zipperer, Zoeller, Zulauf.
Published in: on 14/02/2008 at 3:10 AM  Comments (355)  

59. Flora Lina Cavalheiro (1848-antes de 1883)

Minha tetravó Flora Lina Cavalheiro foi batizada na Lapa a 16.11.1848. Era filha de João Florido Cavalheiro e Eduvirgens de Pontes Maciel. Na mesma cidade, casou-se no ano de 1865 com Felippe Soares Fragoso, com quem teve ao menos três filhas: Angelina Fragoso Cavalheiro, casada com seu primo Lino Rodrigues de Almeida; minha trisavó Joaquina Fragoso Cavalheiro, casada com Saturnino Fragoso de Oliveira, filho de um primo seu; e Francelina Fragoso Cavalheiro, casada com Francisco André de Assis Dranka, ascendentes de Verônica Dranka, esposa de Antônio Kaesemodel. Não sei ainda muita coisa sobre Flora. Em 27.06.1877, ela e seu esposo Felippe aparecem nos livros de São Bento como padrinhos de Marcullino, filho de Antônio Soares de Marafigo e Joanna Maria Mattosa. Entre essa data e o final de 1882, ocorreu o falecimento de Flora. Isso se deduz porque seu esposo Felippe Soares Fragoso se casou novamente em janeiro de 1883. Também não sei dizer ainda em que lugar ela faleceu, pra então poder procurar seu registro de óbito, a fim de conseguir a data exata e as demais informações que ele trouxer.
Published in: on 14/02/2008 at 1:23 AM  Deixe um comentário  

272 Anos do Casamento de Francisco Cubas Ribeiro

Em 13.02.1736 se casaram em Curitiba meus ancestrais Francisco Cubas Ribeiro e Maria Magdalena de Assumpção. Entre outros, foram pais de Plácido de Góes Ribeiro, que se casou com Quitéria Dias Cortês, e que são ancestrais pelo meu ramo Marafigo.
Published in: on 13/02/2008 at 12:05 PM  Deixe um comentário  

Soc. de Cantores – Sobrenomes Mencionados

Eis a lista dos sobrenomes mencionados nas atas da Sociedade de Cantores de São Bento do Sul/SC, a atual “Säengerhalle”, desde a sua fundação em 1881 até por volta de 1970, conforme pesquisas do meu avô. Às vezes é uma ligeira menção, às vezes há muitas descrições sobre a atuação dentro da Sociedade: Bayerl, Becker, Beckert, Bendlin, Bollmann, Brodel, Buschle, Doetsch, Endler, Engel, Fischer, Franz, Friedrich, Gerhmann, Greipel, Grosskopf, Haertel, Hansen, Heiden, Hettwer, Hoffmann, Hölzer, Hümmelgen, Jakusch, John, Jung, Kedenburg, Kobs, Koch, Köhler, Krause, Langer, Lietz, Mareth, Müller, Natzke, Negrin, Neubauer, Neumann, Panneitz, Philipp, Pichol, Priebe, Priess, Prinz, Rudnick, Schemmel, Schiessl, Schlagenhaufer, Schneider, Schröder, Schürle, Schwarz, Schwedler, Seidel, Selke, Simm, Spies, Sprotte, Söhtje, Stein, Struck, Swarowsky, Thomas, Tschöke, Uhlmann, Venera, Wabersich, Wagner, Weber, Weise,Wolff, Zappe, Ziemann
Published in: on 13/02/2008 at 2:34 AM  Comments (6)  

Parentescos Entre Meus Ancestrais 2

Obviamente, a genealogia não se resume a uma coleção de nomes e datas. Mas de vez em quando dá pra fazer algumas brincadeiras. Também os pais de Manoel Soares Fragoso eram primos. E naturalmente, os dois jamais devem ter descoberto isso. Eis como isso se dá:
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Theodoro Soares Fragoso…………Feliciana Rodrigues França
Domingos Soares Fragoso………..Maria de Chaves de Almeida
João Soares Fragoso………………..Paulo de Chaves de Siqueira
Catharina Garcia de Unhatte………João de Chaves de Almeida
Antônio Garcia da Cunha…………Ignes de Chaves da Silva
Garcia Rodrigues Moniz…………..Manoel de Chaves da Silva
Manoel Garcia Velho……………….Ignez Dias de Alvarenga
Catharina Dias……………………Luzia Leme
……………………………………Ignez Dias
……………………DOMINGOS DIAS…………………….
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E não era a única maneira:
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Theodoro Soares Fragoso……….Feliciana Rodrigues França
Domingos Soares Fragoso……….Manoel Fernandes França
João Soares Fragoso……………….Anna Maria Esteves
Catharina Garcia de Unhatte….Balthazar Carrasco dos Reis
Maria Antunes Cardoso………….Isabel Garcia Antunes
Thomé Portes del Rey……………Isabel Antunes da Silva
Juliana Antunes……………………..Domingas Antunes
José Preto…………………………Maria Lucas
……………………………………Domingas Antunes
……………………ANTÔNIO PRETO………………….
Published in: on 12/02/2008 at 11:55 AM  Deixe um comentário  

Mais um Caso de Suicídio em SBS

Antes do suicídio de Julie Löffler em 1885, já tratado nesse blog no post “A Família Herdina”, houve um outro que aconteceu em São Bento. É o primeiro que aparece documentado nos livros eclesiásticos. Trata-se de Mathias Piritsch, que esteve entre os primeiros homens que derrubaram as matas para a demarcação dos primeiros lotes da Colônia de São Bento. Veio ao Brasil solteiro a bordo do navio Guttenberg, em 1873. Sua procedência aparece como sendo Herfkirchen, na Boêmia.
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Já em São Bento, e em data ainda desconhecida, Mathias se casou com Eva Bormann, viúva de Michael Witt, outro que esteve entre os pioneiros de São Bento. Esse casal veio ao Brasil a bordo do Zanzibar, também em 1873. Eram de Münsterwald, na Prússia Ocidental. Com apenas seis meses de moradia no Brasil, esse Michael faleceu, no dia 11.03.1874, com cerca de 50 anos. Ao que parece, esse casal não teve descendentes, ou ao menos não imigrou com eles.
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De modo que a esposa Eva ficou sozinha na nova pátria que ela e o marido haviam escolhido para mudar de vida. E aqueles primeiros meses certamente não eram nada fáceis para os imigrantes recém-chegados, que se viam obrigados a passar por todo tipo de dificuldade, dispondo de pouquísismos recursos.
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Em algum momento, Eva conheceu Mathias Piritsch e eles vieram a se casar. Em novembro de 1878 já estavam casados, pois assim aparecem como padrinhos de batismo de Alma Ottília, filha de meus tetravós Friedrich Labenz e Wilhelmine Witt. Não sabemos, no entanto de descendentes de Mathias e Eva. O fato é que no dia 29.12.1884 ele se enforcou “no mato”, deixando-a repentinamente viúva, pela segunda vez.
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Sempre lamentarei a precariedade de informações que temos sobre a vida desses primeiros imigrantes. Isso impede que tentemos descobrir realmente o que motivava as suas ações. Afinal, o que levou Mathias Pirisch a se suicidar? A pobre Eva, viúva de dois dos pioneiros de São Bento, viu o marido ser sepultado fora do campo sagrado, conforme o destino que cabia àqueles que se matavam.
Published in: on 12/02/2008 at 11:50 AM  Deixe um comentário  

Parentescos Entre Meus Ancestrais

Meus ancestrais Manoel Soares Fragoso e Marciana Maria de Marafigo eram parentes. Distantes, mas eram. O que não é nenhuma coisa extraordinária, mas também chega a ser curiosa. Assim como é curioso que eu descenda duas vezes deles, através de dois dos seus filhos. Com tantos nomes de antepassados, muitas vezes não se percebe a relação que tinham entre eles. Eis então as duas formas pelas quais meus antepassados eram primos, sendo que a pessoa abaixo de cada nome representa o pai ou a mãe:
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Manoel Soares Fragoso………………… Marciana Maria de Marafigo
Feliciana Rodrigues França…………… Águeda de Góes Ribeiro
Manoel Fernandes França……………. Quitéria Dias Cortês
Anna Maria Esteves………………….. João Dias Cortês
Balthazar Carrasco dos Reis………….. Maria das Neves
Isabel Garcia Antunes……………………………………………..
………….BALTHAZAR CARRASCO DOS REIS
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Quase todas as famílias que tem raízes no Paraná descendem de Balthazar Carrasco dos Reis. Eu, descendo ao menos quatro vezes dele. Há alguns primos ilustres, como o Tom Jobim, que também tem ele como ancestral. Eis a outra maneira em que Manoel e Marciana eram parentes:
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Manoel Soares Fragoso………….. Marciana Maria de Marafigo
Feliciana Rodrigues França……. Pedro de Chaves de Marafigo
Maria de Chaves de Almeida….. Julianna de Chaves de Siqueira
Paulo de Chaves de Siqueira……. Francisco de Anhaya de Almeida
João de Chaves de Almeida……………………….
…………… PAULO DE ANHAYA BICUDO
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Como eu descendo duas vezes de Manoel Soares Fragoso e de Marciana Maria de Marafigo, e os dois descendem de Paulo de Anhaya Bicudo, naturalmente também descendo quatro vezes desse. Há outros ramos com casamentos entre parentes, o que me faz descender em alguns casos, até oito vezes do mesmo casal, como é o caso de Garcia Rodrigues e Isabel Velho, tradicional família da São Paulo quinhentista.
Published in: on 12/02/2008 at 12:56 AM  Deixe um comentário  

58. Felippe Soares Fragoso (1846-?)

Meu tetravô Felippe Soares Fragoso foi batizado na Lapa no dia 31.05.1846. Era filho de Manoel Soares Fragoso e Marciana Maria de Marafigo, casados em Curitiba no ano de 1826, de modo que já eram de idade mais avançada quando tiveram Felippe. Na mesma cidade, ele se casou no ano de 1865 com Flora Lina Cavalheiro. Estiveram na região de Fragosos, como se deduz de registros diversos, acompanhando a grande leva de “Fragoso” que para lá se mudou. Mas não sabemos em que momento isso se deu. A 30.01.1883, encontramos Felippe Soares Fragoso novamente na Lapa, casando-se pela segunda vez, pois ficara viúvo de minha tetravó. Sua segunda esposa se chamava Anna Muniz de Santana, filha de Manoel Joaquim de Santana e Felisbina Maria Muniz. Não encontrei descendentes desse segundo casamento. Também não sei do paradeiro de Felippe depois do casamento. Penso que estava ainda na região de Fragosos, pois suas filhas aparecem em alguns registros eclesiásticos de São Bento morando por lá.
Published in: on 10/02/2008 at 4:59 PM  Deixe um comentário  

122 Anos do Casamento de Benedikt Beyerl

No dia 10.02.1886, meus trisavós Benedikt Beyerl e Catharina Brandl se casaram. O noivo era viúvo de Anna Maria Neppel, que havia falecido vítima de tifo no ano anterior, e com a qual fora casado por 9 anos (sem geração conhecida). A família de Catharina Brandl imigrou ao Brasil no mesmo navio de Benedikt, o “Shakespeare”, em 1874. Eram ambas famílias de lavradores bastante humildes.
Published in: on 10/02/2008 at 4:53 PM  Deixe um comentário  

Caminho Descoberto Embaixo da Praça Tiradentes

Em meio aos projetos de revitalização na Praça Tiradentes, tida como marco zero de Curitiba, os arqueólogos fizeram uma interessante descoberta: uma espécia de calçada, do século XVIII ou XIX, encontrada a quase 1 metro de profundidade. A nova descoberta, felizmente será preservada. No local também busca-se vestígios do Pelourinho, erguido em 1668. A matéria completa está aqui:
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http://www.bemparana.com.br/index.php?n=57573&t=caminho-reencontrado-debaixo-da-praca-tiradentes
Published in: on 08/02/2008 at 11:17 PM  Deixe um comentário  

Família Giese

A história da Família Giese na região de São Bento do Sul começa com a vinda de de Johann Karl Giese e Emilie Wegner para o Brasil, a bordo do navio Henry Knight em 1872. Vieram de Regenwald, na Pomerânia, hoje parte da Polônia, chegando na cidade de Joinville com seus quatro filhos:

1.1 Minna Giese, nascida por volta de 1851.

1.2 August Giese, nascido por volta de 1854.

1.3 Emilie Giese, nascida por volta de 1857.

1.4 Karl Giese, nascido em 30.05.1859, casou-se em 25.10.1891 na Igreja Protestante de São Bento do Sul com Ida Bertha Labenz, nascida em 03.11.1874 (segundo o registro de casamento, 06.11.1874), filha de Friedrich Labenz e Wilhelmine Witt, família que imigrou ao Brasil em 1877 a bordo do navio Bahia, vindo de Eichstedt, na Prússia, hoje também pertecente à Polônia. Nesse assento consta que Carl morava em São Paulo e que a família Labenz morava na Estrada Bismarck. Carl Giese faleceu em 24.06.1924, sendo sepultado no Cemitério Municipal de São Bento do Sul. Sua esposa Ida Bertha Labenz faleceu em 03.10.1934. Tiveram:

1.4.1 Luiza Giese, nascida em São Bento do Sul a 17.11.1892 e falecida a 12.09.1918. Casou-se com Carlos Blödorn, nascido em 05.10.1884 e falecido em 25.07.1956.

1.4.2 Adolfo Giese, nascido em São Bento do Sul a 06.01.1895 e falecido a 06.12.1977. Casou-se com Martha Zoellner, nascida em 22.08.1894 e falecida em 28.03.1972. O casal morava na localidade de Fragosos, pertencente a Campo Alegre, e lá deixaram grande descendência. Descansam no Cemitério local. Tiveram:

1.4.2.1 Afonso Giese, nascido por volta de 1923 e falecido em agosto de 2005, casado com Margarida. Pais de: Odete Giese, Salete Giese, Margarete Giese, Alcione Giese, Anselmo Giese, Marcelo Giese, Rubens Giese, Elizete Giese, Dori Giese, Arlete Giese, Airton Giese, Charles Giese.

1.4.2.2 Irene Giese, casada com Pedro Cavalheiro Neto, falecido em 13.08.2005, com quem teve: Alda Cavalheiro.

1.4.3 Rodolfo Giese, nascido em São Bento do Sul a 13.09.1897 e falecido a 07.03.1965, sepultado no Cemitério Municipal. Casou-se em 27.08.1921 com Catharina Bail, nascida São Bento do Sul a 03.05.1896 e falecida a 30.11.1974, filha de Benedicto Bail e Catharina Brandl, neta pelo lado paterno de Maria Bail e pelo lado materno de Josef Brandl e Anna Schweinfurter, imigrantes de Eisenstrasse, na Boêmia, que chegaram ao Brasil em 1874 a bordo do Navio Shakespeare. Rodolfo morava com sua família em Campina dos Crispim, no Município de Piên. Foi comerciante e sapateiro. Rodolfo e Catharina tiveram:

1.4.3.1 Ermelino Carlos Giese, casado com Dorita Maria Treml. Pais de:

1.4.3.1.1 Carlos Séris Giese, casado com Janete Teresinha Wolff. Tiveram: Ellen Cristine Giese, Carlos Henrique Giese.

1.4.3.1.2 Sérgio Giese, casado com Dóris Eugênia Welter, com quem teve: Christopher Giese, Soraya Giese, Diogo Giese, Christiane Giese.

1.4.3.2 Laurindo Vitorino Giese, casado com Anita Spitzner. Pais de ao menos:

1.4.3.2.1 Zilda Giese, nascida por volta de 1949 e falecida em 23.06.2005 em Curitiba. Casou-se com Salvador de Souza.

1.4.3.3 Alcides Paulo Giese, casado com Elvira Weiss.

1.4.3.4 Dóris Isolda Giese, nascida em 23.08.1931 em Piên, casada em São Bento do Sul a 06.10.1951 com Herbert Alfredo Fendrich, nascido em 05.04.1930 e falecido em 30.07.2007, filho de Frederico Fendrich Filho e Anna Roesler, neto paterno de Friedrich Fendrich e Catharina Zipperer e materno de Johann Rössler e Amália Preussler.

1.4.4 Paulo Giese, nascido em 06.10.1900 e falecido em 02.08.1975, sendo sepultado no Cemitério Municipal de São Bento do Sul, lado protestante. Casou-se com Anna Mühlbauer, nascida em 24.05.1904 e falecida em 13.11.1992, e com quem teve:

1.4.4.1 Alfredo Raymundo Giese, casado com Melanie Hoffmann. Tiveram: Dolores Giese, Lucinda Giese, Líria Giese, Renato Antônio Giese, Dorly Giese, Ingelore Ana Giese, Neusa Maria Giese, Raymundo Paulo Giese, Janete Teresinha Giese, Lianda Inês Giese, Rogério Luís Giese, Marcelo Rui Giese.

1.4.4.2 Olinda Giese, casada com Afonso Hoffmann.

1.4.4.3 Omilda Giese, casada com Afonso Weihermann. Pais de: Luiz Carlos Weihermann, Renate Weihermann, Aroldo Weihermann, Dario Weihermann, Vera Lúcia Weihermann, Jone Weihermann.

1.4.4.4 Aloísio Giese, casado com Anita Tcha (?). Tiveram: Solange Giese, Estela Giese, Jackson Giese, Edson Giese.

1.4.4.5 Adelina Giese, casada com Aloís Maros, com quem teve: Sueli maros, Eliane Maros, Elisa Maros, Cristiane Maros.

1.4.5 Ernesto Giese, nascido em 27.04.1903 e falecido em 19.04.1980. Casou-se com Francisca Hinz, nascida em 28.09.1905 e falecida em 24.05.1980. Pais de:

1.4.5.1 Isolde Giese, casada com Davi.

1.4.5.2 Reinaldo Giese, casado com Líria.

1.4.5.3 Norma Giese, casado com Jeremias.

1.4.5.4 Erico Giese, casado com Adelina.

1.4.5.5 Teolindo Giese, casado com Cecília.

1.4.5.6 Vanilda Giese, falecida em Curitiba a 15.10.2005, casado com Antônio Seidel.

1.4.5.7 Leopoldo Giese, casado com Alice.

1.4.5.8 Lauro Giese

1.4.5.9 Ervino Giese

1.4.5.10 Waldemar Giese, casado com Cidália.

1.4.6 Frederico Guilherme Giese, nascido em 30.04.1906 e falecido em Piên a 24.04.1968. Casou-se com Maria Bechler, nascida em 14.07.1912 e falecida em 19.05.1978. Frederico foi o primeiro prefeito de Piên, no começo da década de 60. Ganhou em sua homenagem o nome da principal escola daquela cidade.

1.4.7 Ewaldo Giese, que faleceu com 1 ano às 15h de 26.12.1916, vítima de diarréia.

Published in: on 07/02/2008 at 10:38 PM  Comments (2)  

57. Leopoldina Maria de Almeida (1850-?)

Minha tetravó Leopoldina Maria de Almeida foi batizada em São José dos Pinhais a 10.04.1850, tendo como padrinhos Custódio Teixeira da Cruz e sua esposa Maria Luiza de Andrade, de Curitiba. Com pouco mais de 16 anos, se casou na mesma cidade com Generoso Fragoso de Oliveira. Tiveram os seguintes filhos, do que se sabe: Saturnino Fragoso de Oliveira, casado com Joaquina Fragoso Cavalheiro; Pedro; Gregório Rodrigues Fragoso, casado com Francisca Gomes de Lima; Joaquim Rodrigues Fragoso, casado com Francisca Simões; e Ernesto Crescêncio Fragoso, casado com Luiza Simões de Oliveira. No registro de casamento de Saturnino, Leopoldina é chamada de “Leopoldina Maria Callista”, por ser filha de Joaquim Rodrigues de Almeida e Maria Calisto. Com seu marido e filhos, Leopoldina Maria de Almeida se mudou para a região próxima à divisa com Santa Catarina, e que viria a se chamar Fragosos. Seu marido está sepultado no cemitério daquela localidade. Não sabemos quando Leopoldina faleceu, nem se está no mesmo cemitério. Se de fato está, não há lápide que identifique o lugar.
Published in: on 07/02/2008 at 12:11 PM  Deixe um comentário  

56. Generoso Fragoso d’Oliveira (1845-1924)

Meu tetravô Generoso Fragoso de Oliveira nasceu na Villa Nova do Príncipe, a Lapa, onde foi batizado a 02.09.1845, filho de Hermenegildo Rodrigues de Oliveira e Francisca Soares. Mudou-se para São José dos Pinhais, onde os Fragoso ainda tinham parentes. Lá se casou a 12.05.1866 com Leopoldina Maria de Almeida, filha de Joaquim Rodrigues de Almeida e Maria Calisto. Eis a transcrição desse registro, que é o assento nº 14 da página 6v do Livro 6 de casamentos:
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“Aos doze dias do mês de Maio do anno de mil oitocentos e sessenta e seis nesta Villa de São José dos Pinhais e com licença do ……… Reverendo Vigário da Parochia de Curytiba, donde a contrahente hé freguesa e o contrahente da Parochia do Principe, sendo ………. proclamadas e observadas as formalidades do ………, sem impedimento algum em minha presença e das Testemunhas abaixo assignadas Joaquim Calisto de Camargo e o Tenente Francisco Franco Moreira, este morador desta Parochia e aquelle da Cidade de Curytiba, ambos pessoas de mim reconhecidas, meia hora depois do meio dia, por palavras de presente ………. ………. – se receberão em matrimonio Generoso Fragoso d’Oliveira, filho legitimo de Joaquim Rodrigues de Almeida e de Maria Calisto, digo, filho legitimo de Hermenegildo Rodrigues d’Oliveira, já fallecido, e de Francisca Soares, e Leopoldina Maria de Almeida, filha legitima de Joaquim Rodrigues de Almeida e de Maria Calisto. Receberão logo as bencãos nupciaes na forma do Rittual Romano e para constar faço este assento.”
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Assinou com testemunha, além do Tenente Francisco Franco Moreira, o Joaquim Bastos de Lima, a rogo de Joaquim Calisto de Camargo. Como se vê, o padre fez confusão com os nomes do noivo, primeiro dando-lhes os nomes que na verdade eram dos pais da noiva, e em seguida corrigindo. No topo do assento, onde ficam o nome dos noivos, há outra confusão. Lá aparece o nome de Generoso Fragoso d’Oliveira, e abaixo dele o de Hermenegildo Rodrigues d’Oliveira, seu pai, com um risco embaixo. Só abaixo desse é que está o nome da noiva, Leopoldina Maria de Almeida. Isso fez inclusive com que houvesse um equívoco na hora de criarem um índice para os casamentos de São José dos Pinhais, pois ao tratar desse casamento o índice informa que o noivo era Generoso Fragoso d’Oliveira e “a noiva” Hermenegildo Rodrigues d’Oliveira.
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Cópia do registro de casamento de Generoso Fragoso de Oliveira e Leopoldina Maria de Almeida.

Generoso Fragoso de Oliveira é tido pela tradição familiar como o “fundador” da localidade de Fragosos, donde inclusive derivaria o seu nome. De fato, Generoso parece ter sido um dos primeiros moradores daquela região, mas não estava sozinho. Havia com ele muitos outros Fragoso que podem ser considerados os primeiros povoadores. Talvez houvesse alguns que chegaram inclusive antes de Generoso, já que esse, em 1875 batiza um filho na cidade de Araucária. Nada impede que outros membros da família tenham chegado à região antes, vindos da Lapa. De qualquer forma, eram todos tios e primos de Generoso. Também parece que era homem de algum prestígio, tanto que foi homenageado com o nome de uma naquela localidade. Em registros eclesiásticos, aparece por algumas vezes como testemunha ao lado de João Filgueiras de Camargo, o republicano e um dos primeiros vereadores de São Bento, além de prefeito, e que também morava em Fragosos.

O falecimento de Generoso Fragoso de Oliveira ocorreu em 25.06.1924, conforme a lápide de seu túmulo no Cemitério de Fragoso, que também diz ter ele “79 anos”, o que confere com a data que temos do seu batismo. No mesmo túmulo foi sepultado Ernesto Crescêncio Fragoso, seu filho.

Published in: on 06/02/2008 at 11:59 AM  Comments (1)  

Veit Schwedler

Entre os injustiçados da história de São Bento, porque não são mais lembrados, está Veit Schwedler. Sapateiro, filho de Josef Schwedler e Agueda Rösler, era de Dessendor, na Boêmia, e imigrou para o Brasil. Aqui se casou com Maria Scholze. Foi um dos primeiros regentes que teve a Sociedade de Cantores da cidade. Pelo que se apura das atas da sociedade, estudadas pelo meu avô, foi homem de grande prestígio e dedicação pela causa do canto coral na cidade. Por todos os meios tentava fazer com que os outros membros se animassem a participar com mais assiduidade dos ensaios. Não tendo muito resultado, chegou inclusive a renunciar. Convencido a permanecer, Veit sempre se preocupou em dar o máximo de si para o Coral, e naturalmente cobrava o mesmo dos outros. As atas da sociedade contém vários momentos onde se percebe a dedicação de Schwedler. Esse homem acabou ficando doente, e colocou seu cargo de regente à disposição. Começaram então a preparar um substituto, Hugo Schwarz, mas mesmo assim Veit de vez em quando realizava novamente seu trabalho de regente, apesar do seu estado de saúde. Varias vezes se viu obrigado a largar o cargo, e várias vezes voltou. Nesses tempos continuava insistindo para que os coralistas todos participassem mais dos ensaios. Esteve na regência o quanto pôde, até que a doença não mais permitiu, tendo o cargo sido entregue a Hugo Schwarz. Vito Schwedler faleceu em 31.07.1911 com pouco mais de 53 anos. E não há sequer um logradouro público que perpetue a memória desse homem que tanto fez pela cultura de São Bento através do canto coral.
Published in: on 06/02/2008 at 12:57 AM  Comments (1)  

97 Anos do Falecimento de Catharina Brandl

Em 04.02.1911 faleceu minha trisavó Catharina Brandl. Era filha de Josef Brandl e Anna Schweinfurter e foi a segunda esposa de Benedikt Beyerl. Catharina faleceu antes que seu pai, morto em 1917, e deixou seu esposo viúvo pela segunda vez. A mãe de Catharina, Anna Schweinfurter, também faleceu relativamente cedo, contando com cerca de 50 anos, em 1890. Catharina está sepultada no Cemitério Municipal no mesmo túmulo onde se encontram descendentes da família Bail. Mas creio que a data apontada como seu óbito está equivocada naquela lápide, que aponta o ocorrido como 1912. O ano de 1911 é aquele que aparece no livro dos registros de óbitos da Igreja Católica de São Bento, de modo que o cremos legítimo e correto.
Published in: on 04/02/2008 at 12:18 PM  Deixe um comentário